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    “Certa paranoia”, diz Bolsonaro ao justificar violação de tornozeleira

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    Em audiêmcia de custódia neste domingo (23/11), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu ter violado sua tornozeleira eletrônica e justificou relatando ter sentido uma “certa paranoia”.

    Segundo ata divulgada após a audiência, Bolsonaro disse ter tido uma “certa paranoia” entre a noite de sexta-feira (21/11) e a madrugada de sábado (22/11), atribuída por ele à interação inadequada entre dois medicamentos que estaria tomando- Pregabalina e Sertralina-, receitados por médicos diferentes.

    O cacique do PL também afirmou que teve uma “alucinação” de que havia uma escutada plantada na tornozeleira eletrônica e, por isso violou o equipamento. Relatou não lembrar de outro surto semelhante, e contou que começou a tomar um dos medicamentos apenas quatro dias antes do cumprimento da prisão preventiva.

    O ex-presidente negou qualquer intenção de fuga e reforçou que não tentou romper a cinta do aparelho de segurança. Segundo ele, a única ruptura aconteeu

     

    Prisão

    A PF chegou por volta das 6h à residência do ex-presidente no sábado (22/11) para cumprir o mandado de prisão determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Neste domingo houve a audiência de custódia e a prisão foi homologada, ou seja, ele segue preso.

    O magistrado baseou a decisão de decretar a prisão preventiva na violação do equipamento, usado por Bolsonaro enquanto cumpria prisão domiciliar.

    Em vídeo divulgado pelo STF também no sábado, o ex-presidente confessou que utilizou um ferro de solda para tentar violar a tornozeleira eletrônica. O relatório sobre o evento mostra que Bolsonaro confessou a tentativa de violar a tornozeleira por curiosidade.