A formação de um ciclone extratropical próximo à costa brasileira, prevista para ocorrer entre a tarde e a noite desta quarta-feira (19/11), reforça as instabilidades que já vinham atuando nos primeiros dias da semana e organiza nuvens capazes de provocar volumes elevados de chuvas.
Por isso, a quarta será marcada por chuva intensa e risco de temporais no Sudeste, sobretudo entre São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Além do Centro-Oeste e Norte do país.
Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), 15 estados estão sob alerta para de perigo potencial ou perigo para chuvas intensas e tempestades. São eles: AC, AP, AM, BA, DF, ES, GO, MT, MG, PA, RJ, RO, RR, SP e TO.
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Instabilidades
No Rio de Janeiro, o período de maior atenção começou ainda na madrugada. A aproximação do núcleo do ciclone pelo oceano favorece áreas de instabilidade mais persistentes na metade sul do estado, incluindo a capital, onde são esperados acumulados expressivos em pouco tempo.
A tendência é que, ao longo da manhã, o ciclone inicie seu deslocamento para o mar, o que reduz a força das instabilidades, mas mantém o céu fechado, a umidade alta e a possibilidade de pancadas isoladas até o fim da tarde.
Em São Paulo, a intensificação das nuvens ocorre entre o fim da tarde e o começo da noite, com chance de rajadas de vento e chuva forte em pontos da Grande São Paulo e do interior. Já em Minas Gerais, as áreas de maior risco se concentram no Triângulo, na Zona da Mata e no Vale do Rio Doce, onde a convergência de umidade e o calor ajudam a elevar os volumes previstos.
No Espírito Santo, a atuação do ciclone em alto-mar estimula o transporte de umidade e favorece pancadas mais intensas durante a tarde.
Cavado atmosférico
No Nordeste, a circulação associada ao sistema organiza um cavado atmosférico que aumenta a instabilidade no interior da Bahia e no litoral leste da região. A presença de ar quente e úmido, combinada ao calor da tarde, amplia o risco de pancadas mais fortes.
No Norte do país, o padrão segue semelhante aos últimos dias: pancadas fortes e frequentes no Amazonas e no Tocantins, principalmente entre a tarde e a noite, impulsionadas pela grande disponibilidade de umidade e pelo aquecimento diurno. Manaus segue registrando acumulados elevados.
