Após compartilhar nas redes sociais que passou por uma cirurgia para deixar o rosto mais delicado, a influenciadora Maya Massafera reacendeu o debate sobre a Cirurgia de Feminização Facial (CFF). A operação é um conjunto de procedimentos estéticos e reconstrutivos que tem ganhado cada vez mais destaque entre pessoas trans e também entre quem busca traços mais suaves e harmônicos.
Mas afinal, como funciona esse tipo de cirurgia e quais são os cuidados envolvidos? De acordo com a especialista em harmonização facial e corporal Fernanda Camarte, a CFF vai muito além de um procedimento estético.
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“A Cirurgia de Feminização Facial é um conjunto de técnicas que tem como objetivo suavizar as características faciais, tornando-as mais harmônicas e alinhadas aos traços tradicionalmente femininos. Mais do que apenas estética, é um procedimento que promove um impacto profundo na autoestima e na afirmação da identidade de gênero da paciente”, explicou.
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Técnicas
Fernanda explicou ainda que, entre as técnicas mais comuns estão o remodelamento da testa, avanço da linha capilar, rinoplastia feminilizadora, redução do ângulo mandibular e do queixo, além do aumento sutil das maçãs do rosto e dos lábios.
“Cada caso é planejado individualmente, considerando o formato facial e as proporções ósseas de cada paciente”, complementou.
Simone Lima, especialista e mestranda em Harmonização Orofacial, reforça que, especialmente para pessoas trans em transição de masculino para feminino, o procedimento tem papel essencial na expressão da identidade.
“Em pessoas trans, é comum que se façam intervenções na base óssea, pois a estrutura facial masculina, com mandíbula mais marcada e ossos mais angulados, difere da feminina, que apresenta contornos mais suaves e proporcionais. Cada traço remodelado aproxima a pessoa de quem ela é por dentro, é um processo de saúde e dignidade”, afirmou.
Fernanda Camarte pontuou que, do ponto de vista técnico, a cirurgia é considerada de alta complexidade. Segundo ela, a CFF é realizada sob anestesia geral e pode envolver diferentes abordagens ósseas e de tecidos moles, dependendo das áreas que serão tratadas.
“A segurança e a naturalidade dos resultados estão diretamente ligadas ao preparo pré-operatório, à técnica adequada e ao acompanhamento especializado no pós-operatório”, contou.
De acordo com Simone, o processo cirúrgico pode incluir osteotomias, cortes planejados nos ossos do rosto que permitem remodelar o formato facial: “Parte da mandíbula, do mento ou do maxilar pode ser reduzida e reposicionada, em um planejamento tridimensional detalhado”, disse.
Pós-operatório
Em relação ao pós-operatório, Fernanda Camarte orientou que este processo exige atenção e acompanhamento multidisciplinar.
“É essencial o acompanhamento com fisioterapeutas dermatofuncionais, que atuam no controle de edemas, prevenção de fibroses e regeneração tecidual. Com os cuidados certos, conseguimos acelerar a recuperação, reduzir complicações e preservar a naturalidade e a harmonia facial”, orientou.
Já Simone reforça que o período de recuperação deve, acima de tudo, ser respeitado. Ela informou que, nas primeiras semanas, são comuns dormência e inchaço, e que é importante seguir uma dieta líquida ou pastosa, fazer compressas frias e manter higiene adequada.
“Apesar dos riscos, como infecção e assimetrias, quando bem executada por uma equipe qualificada, a feminização facial é profundamente transformadora”, explicou.
Resultados
Já em relação aos resultados, Fernanda detalhou que podem ser percebidos nas primeiras semanas, mas o resultado final leva tempo.
“O processo de remodelação óssea e cicatricial leva de seis meses a um ano. Durante este período, os cuidados contínuos, como drenagem e fotobiomodulação, são fundamentais para garantir a simetria e a delicadeza dos contornos”, pontuou.
Fernanda afirmou que, mais do que uma mudança estética, a cirurgia representa um reencontro com a própria identidade. “Ela vai além da estética, é um reencontro com a essência. O resultado mais bonito é aquele que reflete quem a pessoa realmente é”, concluiu.
