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    Com 6º recorde seguido, Bolsa supera marca histórica de 150 mil pontos

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    O Ibovespa bateu nesta segunda-feira (3/11) o sexto recorde seguido. O principal índice da Bolsa brasileira (B3) fechou em alta de 0,61%, aos 150.454,24 pontos. Trata-se da primeira vez que a marca histórica de 150 mil pontos é ultrapassada em um pregão.

    Na avaliação de Gabriel Redivo, sócio da Aware Investments, o resultado reflete o otimismo dos investidores diante de um cenário externo mais favorável e do bom desempenho das ações da Petrobras. “Elas avançaram depois do anúncio de um novo programa de desligamento voluntário (PDV)”, diz.

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    Redivo observa que, no Brasil, o mercado antecipa um ciclo de corte de juros, uma expectativa reforçada pelos dados divulgados nesta segunda-feira pelo Boletim Focus, a pesquisa semanal feita pelo Banco Central (BC). De acordo com o relatório, a estimativa para o IPCA caiu de 4,56% para 4,55% em 2025. Ela também recuou para 2027 e 2028.

    Sobre a questão dos juros, o mercado aguarda nesta quarta-feira (5/11) a nova reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). No encontro, o órgão definirá o valor da taxa básica do país, a Selic, hoje fixada em 15% ao ano. A expectativa é de que ela seja mantida nesse patamar, mas alguns analistas esperam por um abrandamento da análise da conjuntura feita pelo Copom.

    “Com o Copom se reunindo na quarta-feira, o clima é de otimismo, especialmente em torno da ata, que poderá trazer maior clareza sobre quando teremos os próximos cortes na Selic”, afirma Redivo.

    Para Matheus Amaral, especialista em renda variável do Banco Inter, no exterior, falas recentes de integrantes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), aumentam a incerteza sobre um eventual corte de juros em dezembro, o que mantém investidores estrangeiros cautelosos. “Isso embora os mercados globais mostrem um bom desempenho, especialmente as ações de tecnologia, impulsionadas pelos resultados positivos divulgados na semana passada.”

    “Por aqui”, observa Amaral, “os destaques de alta ficaram por conta das utilities e do setor de mineração, com a Vale liderando os ganhos e sustentando seu bom momento nas últimas semanas. Em contraste, os setores mais sensíveis aos juros voltaram a registrar desempenho fraco na Bolsa hoje.”

    A B3 ampliou o período de funcionamento a partir desta segunda-feira, para acompanhar o fim do horário de verão nos Estados Unidos. Ela passou a operar entre 10 horas e 17h55 e não mais até as 17 horas.