O cometa 3I/Atlas não para de surpreender a comunidade científica. Pesquisadores já identificaram três mudanças de cor na luminosidade do corpo celeste detectado em junho: vermelho, verde e azul. O último tom foi descrito em estudo publicado em versão pré-print na plataforma arXiv no final de outubro.
Durante as primeiras observações, o cometa 3I/Atlas emitia uma luz avermelhada, provavelmente resultado da grande quantidade de poeira saindo de sua superfície. Já em setembro, a coloração da luz passou a ser verde. A hipótese dos pesquisadores é de que o tom esverdeado aconteceu devido ao dicarbono ou cianeto presente na coma do objeto – nuvem de gás e poeira ao redor do cometa.
Leia também
-
Satélites de monitoramento do Sol revelam detalhes do cometa 3I/Atlas
-
Astrofísico faz imagem rara de cometa e meteoro “entrelaçados”
-
Cometa 3I/ATLAS atravessará a rota de sondas ativas nos próximos dias
-
Invasão alien? Nasa ativa protocolo de defesa devido a cometa 3I/Atlas
Entre setembro e o final de outubro, quando utilizaram instrumentos de monitoramento do Sol, cientistas norte-americanos viram o 3I/Atlas azulado. A alteração de cor pode estar ligada à emissão de moléculas de cianogênio e amônia.
Além da cor, o que chama bastante a atenção dos especialistas é o aumento da luminosidade do cometa. Em 29 de outubro, ele atingiu seu ponto mais próximo do Sol e, segundo pesquisadores, quanto mais próximo da estrela esteve, mais o brilho do 3I/Atlas se elevou.
É comum cometas brilharem mais quando estão mais perto do Sol, porém, o cometa interestelar estava com a luminosidade duas vezes maior que a típica, sugerindo que algo estranho pode estar ocorrendo na superfície dele.
Ainda não foi possível confirmar a causa do aumento repentino de brilho. Como estava muito próximo ao Sol, a visão da Terra foi prejudicada. A expectativa é que nos próximos meses o cometa interestelar fique mais visível no céu do Hemisfério Norte, auxiliando um estudo mais aprofundado do objeto.
Estimativas revelam que o 3I/Atlas deve chegar mais perto da Terra em 19 de dezembro. Com tamanha aproximação, a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) pretende enviar duas naves para sobrevoar perto da longa cauda do cometa e ter mais detalhes do visitante que tem dado o que falar.
Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!
