Belém – Começou, nesta segunda-feira (10/11), a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, em Belém (PA). A COP30 segue até 21/11, com a expectativa de estabelecer mecanismos de financiamento climático e de transição energética, além de superar problemas logísticos e estruturais do evento predecessor, a Cúpula do Clima, também na capital paraense.
A COP 30 começou com discurso de Mukhtar Babayev, presidente da COP29.
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A COP30 tem como principal objetivo seguir o Acordo de Paris, que visa limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C. Os países, então apresentarão e discutirão suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), um espécie de compromisso para reduzir emissões de gases de efeito estufa e se adaptar aos impactos das mudanças climáticas.
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O presidente da COP30, o embaixador André Corrêa do Lago, cobrou no último sábado as nações que não apresentaram seus planos de contribuição para combater a mudança climática. Ainda há países, como a China, que revelaram metas nada ambiciosas.
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Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP30
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Vice-presidente do Quênia, Abraham Kithure Kindiki, e presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP30
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Primeiro-ministro do Reino da Noruega, Jonas Gahr Støre, e presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP30
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Secretário de Estado da Santa Sé, Cardeal Pietro Parolin, e presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP30
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Primeiro-ministro do Reino dos Países Baixo, Dick Schoof, e presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP30
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Vice-primeiro-ministro e Chanceler da República Italiana, Antonio Tajani, e presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP30
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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP30
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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP30
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Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, e presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP30
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Presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, e presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP30
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Presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, Dilma Rousseff, com a primeira-dama Janja e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP30
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Governador do Estado do Pará, Helder Barbalho, e presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP30
Ricardo Stuckert
O Brasil trata a COP30 como “a COP da verdade”, onde serão discutidos os mecanismos para atingir a meta de US$ 1,3 trilhão para financiamento climático até 2035. Esse objetivo foi traçado na COP de Baku, no Azerbaijão, com amplo apoio. Nesse contexto entra o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Cúpula do Clima.
O mecanismo prevê recompensa financeira aos países em desenvolvimento que conservem os biomas, que são importantes para a mitigação das mudanças climáticas. É uma maneira de tornar a manutenção desse tipo de bioma mais atrativo financeiramente que a sua exploração predatória com desmatamento.
A Cúpula foi encerrada com um saldo de US$ 5,5 bilhões aportados no TFFF. A Noruega prometeu quase US$ 3 bilhões, a serem investidos nos próximos 10 anos; a França indicou aporte de US$ 577 milhões em cinco anos; e, antes mesmo da Cúpula, Brasil e Indonésia firmaram compromissos de colocar US$ 1 bilhão cada; Portugal anunciou aporte de US$ 1 milhão.
A Alemanha indicou que anunciaria sua participação na cúpula, mas o primeiro-ministro Friedrich Merz afirmou a Lula que não poderia se comprometer com valores. O episódio frustrou o governo. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que espera a determinação da contribuição de Berlim até o fim da COP30.
Perrengues
Espera-se agora, que, durante a COP30, os problemas apresentados na Cúpula dos Líderes sejam sanados. Como mostrou o Metrópoles, o evento foi aberto com obras inacabadas, falhas técnicas na infraestrutura e comida sendo vendida a preços nada modestos, pessoas tropeçando no carpete, que ainda está sendo colado ao chão de madeira da área de circulação. Várias salas e ambientes estavam sendo montados.
