Apesar do desejo da oposição de repetir o que conseguiu na CPMI do INSS, emplacando presidente e relator da comissão, os bolsonaristas terão menos “munição” para surpreender o governo na CPI do Crime Organizado no Senado.
Pelas contas de parlamentares aliados a Lula, ao contrário do que ocorreu na comissão mista do INSS — que reúne deputados federais e senadores —, o governo tem maioria no Senado e, por isso, não deve ser surpreendido na CPI do Crime.



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GBERTO RAS/Agencia Enquadrar/Agencia O Globo
Segundo lideranças governistas, a oposição contaria hoje com apenas quatro dos 11 senadores titulares da comissão. São eles: Sergio Moro (União-PR), Marcos do Val (Podemos-ES), Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Magno Malta (PL-ES).
Já o governo teria cinco votos garantidos para assegurar a presidência do colegiado: Rogério Carvalho (PT-SE), Jaques Wagner (PT-BA), Otto Alencar (PSD-BA), Jorge Kajuru (PSB-GO) e Alessandro Vieira (MDB-SE), favorito para ser o relator.
Os governistas dizem ainda contar com dois senadores de centro que podem votar com o governo por acordo. Um deles é Nelsinho Trad (PSD-MS). O outro será um senador do bloco PP/Republicanos, ainda não indicado pelas bancadas.
Caso as projeções do governo se confirmem, o favorito para presidir a CPI do Crime Organizando é o senador Fabiano Contarato (PT-ES), suplente do colegiado, mas que tem carreira como delegado da Polícia Civil. Rogério Carvalho também é cotado.
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CPMI do INSS surpreendeu
Em agosto, quando a CPMI do INSS foi instalada, o governo sofreu uma de suas principais “derrotas” no Congresso Nacional neste ano. A oposição articulou e conseguiu eleger o presidente do colegiado, melando a previsão dos governistas.
Na ocasião, estava acertado que o senador Omar Aziz (PSD-AM) assumiria a presidência, com o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) de relator. Mas a oposição emplacou Carlos Viana (Podemos-MG) como presidente e Alfredo Gaspar (União-AL) na relatoria.


