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    Deputado diz que corruptos devem ser tratados como os criminosos do RJ

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    O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), deputado Alfredo Gaspar (União-AL), comentou, nesta segunda-feira (3/11), sobre a atuação da polícia do Rio de Janeiro durante a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, que resultou em 121 mortes.

    Além de parabenizar o trabalho das forças de segurança, o parlamentar defendeu que corruptos deveriam ser tratados da mesma forma. Para Gaspar, “bandido que não respeita a polícia, é chumbo mesmo”.

    “Nesse Brasil dividido em dois, em que a polícia, e eu acho certo, quero bater palmas para a polícia do Rio de Janeiro, que bandido que não respeita a polícia, é chumbo mesmo. Mas eu tenho uma pena da polícia não ter a mesma autorização para fazer isso nos corruptos com poder. Chega aqui, habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF). Esse Brasil não pode continuar dividido dessa forma. O povo quer justiça igualitária, ou seja, para corrupto, forca. Para corrupto, o mesmo tratamento de bandido perigoso”, disse o deputado.

    Veja vídeo:

    A fala foi feita durante a sessão da CPMI do INSS desta segunda, que ouve o presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), Abraão Lincoln Ferreira da Cruz. A entidade é suspeita de realizar descontos indevidos na aposentadoria de dezenas de milhares de segurados e de faturar R$ 221 milhões.

    Farra no INSS

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    Recorrência de habeas corpus

    A concessão de habeas corpus para que depoentes possam ficar em silêncio diante de questões que possam incriminá-los tem sido recorrente na CPMI do INSS. O depoente desta segunda obteve a liberação do STF para permanecer em silêncio, quando considerar necessário.

    Abraão Lincoln Ferreira da Cruz segue sendo ouvido pelo colegiado e tem se negado a dar respostas para a quase totalidade dos questionamentos. O habeas corpus foi concedido pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

    Como mostrou o Metrópoles, na coluna de Tácio Lorran, a Controladoria Geral da União (CGU) apontou que a instituição sindical presidida por Abraão Lincoln não tem nenhum funcionário registrado, apesar de ter atingido, em 2024, a marca de 445 mil filiados, o que gerou um faturamento de R$ 41,2 milhões só no ano passado.