O relator do Projeto de Lei (PL) Antifacção, Guilherme Derrite (PP-SP), não descartou a possibilidade de votar a proposta nesta quarta-feira (12/11). Ocorre que o pedido dos governadores ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para adiar a votação dificulta o planejamento.
“A gente não tem compromisso com aprovar hoje, mas, pelo que estamos sentindo nas bancadas, e eu conversei com várias hoje, são ajustes finais. Pode ser que haja ambiente para votar hoje, pode ser que seja amanhã. Mas, se for necessário um adiamento, vamos fazer com muita responsabilidade”, declarou o relator.
O líder do MDB, Isnaldo Bulhões (MDB-AL), pediu, na tribuna da Câmara, que Motta adiasse a votação para “amadurecer” o texto. Motta respondeu, durante a sessão, que a decisão final não caberia apenas a ele, mas também ao relator, Derrite. Ele acrescentou, ainda, que uma definição será tomada até o fim da sessão desta quarta.
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Derrite teve um dia cheio de reuniões com os líderes partidários. Além do próprio MDB, o relator do PL Antifacção procurou PP, PSD, Republicanos e União Brasil.
Em paralelo, Motta se reuniu com os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e com a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP).
Os chefes dos Executivos estaduais pediram ao presidente da Câmara um prazo maior para debater a proposta, conforme antecipado pelo Metrópoles, na coluna Igor Gadelha.
