A diabetes é uma doença muito popular caracterizada pelo aumento do açúcar no sangue, causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina pelo organismo. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) estima que há cerca de 20 milhões de pessoas diabéticas. Mas você sabia que ela também pode afetar os pets?
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Esta sexta-feira (14/11) é considerada o Dia Mundial da Diabetes e tem como objetivo principal conscientizar a população global sobre a doença e seus riscos. No entanto, muitos tutores sequer sabem que ela pode atingir cães e gatos. Por conta disso, sinais acabam sendo ignorados, o que prejudica a saúde do animal.
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“Muitas vezes, os tutores demoram a perceber as mudanças, associando-as ao processo natural de envelhecimento do pet”, comenta a veterinária Kathia Soares, da MSD Saúde Animal. Segundo ela, o diagnóstico precoce é o fator mais importante para um tratamento bem-sucedido e para a manutenção da qualidade de vida.



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Sinais de alerta
Por serem sintomas comuns de diversas doenças, as pessoas podem ter dificuldade de associá-los a diabetes. Por isso, é importante conhecer determinados comportamentos do pet que indicam alerta.
Alguns deles são:
- Aumento do volume de urina (poliúria);
- Aumento da ingestão de água (polidipsia);
- Aumento do apetite (polifagia);
- Apesar da polifagia, perda de peso progressiva;
- Apatia;
- Fraqueza;
- Desenvolvimento de catarata, especialmente em cães.

Nesses casos, o acompanhamento faz toda diferença. “A visita regular ao veterinário é fundamental, pois somente ele poderá realizar os exames necessários, como a aferição da glicemia e a análise da urina, para confirmar o diagnóstico e descartar outras condições.”
Outros cuidados com a saúde
A diabetes em animais de estimação é uma doença multifatorial, ou seja, não é causada apenas por um único motivo. No entanto, a obesidade é um grande risco nesse sentido. Ela pode levar à resistência insulínica, um processo muito parecido ao que acontece com os seres humanos.
Mas não é somente o excesso de peso que influencia. Outras condições, como a pancreatite, a inflamação do pâncreas, também pode ser um risco. Além disso, o uso estendido de determinados medicamentos e até mesmo a genética estão nessa lista.

Por isso, é primordial que os tutores tenham cuidado em manter uma dieta balanceada e atividades físicas frequentes. Cada espécie tem características físicas e personalidades únicas. Considerando esses perfis, os donos devem adequar a rotina de acordo com a idade e com a raça para prevenir a doença.
Diagnóstico e tratamento
A partir do diagnóstico, o tratamento é adequado com o objetivo de garantir o equilíbrio do metabolismo animal e o bem-estar. Geralmente, os cuidados incluem administração de insulina, dieta específica (com restrição de carboidratos), rotina de exercícios moderados e atenção aos fatores que possam dificultar o tratamento, como infecções.
“Nosso objetivo é desmistificar o tratamento e mostrar que ele é viável. Um animal diabético bem controlado é um animal feliz, que pode viver por muitos anos com saúde e bem-estar”, destaca Kathia.

A especialista ainda acrescenta que o sucesso do tratamento depende, principalmente, do comportamento do tutor e da parceria com o veterinário. “Com o monitoramento constante e os ajustes na rotina, o tutor ganha confiança rapidamente e o pet retoma suas atividades normais.”




