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Dólar cai com fim do shutdown, reunião EUA-Brasil e varejo. Bolsa sobe

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Dólar cai com fim do shutdown, reunião EUA-Brasil e varejo. Bolsa sobe

O dólar operava em queda na manhã desta quinta-feira (13/11), com os investidores repercutindo o fim do shutdown nos Estados Unidos, mais uma rodada de negociações entre a Casa Branca e o Brasil em torno do tarifaço e os dados sobre o desempenho do varejo em setembro deste ano.

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Fim do shutdown nos EUA

O grande destaque acompanhado pelos mercados nesta quinta-feira é o fim do shutdown, a paralisação de amplos setores do governo dos EUA, que já durava mais de 40 dias – foi a maior da história do país.

O presidente dos EUA, Donald Trump, sancionou o projeto de lei que garante o financiamento do governo federal para o ano fiscal de 2026. “É uma honra sancionar esta lei incrível e fazer com que nosso país volte a funcionar”, afirmou Trump.

“Com a minha assinatura, o governo federal retomará suas operações normais e minha administração, juntamente com nossos parceiros no Congresso, continuará trabalhando para reduzir o custo de vida, restaurar a segurança pública e tornar a América acessível novamente para todos os americanos”, acrescentou.

A proposta recebeu 222 votos favoráveis e 209 contrários em votação na Câmara dos Representantes. O acordo foi costurado entre parlamentares republicanos e um grupo centrista de democratas. Seis democratas apoiaram o texto, enquanto dois republicanos se posicionaram contra.

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Antes, a proposta já havia passado pelo Senado, na segunda-feira (10/11), com 60 votos a favor, o mínimo necessário para seguir para apreciação da Câmara, e 40 contrários.

O projeto aprovado após semanas de negociações garante recursos para o funcionamento do governo até 30 de janeiro de 2026. Até lá, o Congresso precisará votar um novo orçamento para evitar que uma nova paralisação ocorra no início do próximo ano.

A proposta também impede que Trump demita servidores até essa data e assegura a continuidade do programa de assistência alimentar “SNAP” – responsável por atender milhões de famílias em situação de vulnerabilidade – até setembro de 2026.

Reunião entre Rubio e Vieira sobre o tarifaço

Ainda no front internacional, os investidores monitoram a reunião prevista para esta quinta-feira entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, para tratar do tarifaço comercial imposto pelos EUA sobre grande parte dos produtos exportados pelo Brasil.

O encontro, que acontece em Washington, consta da agenda oficial de Rubio, divulgada pela Casa Branca. Na quarta-feira (12/11), Rubio e Vieira se encontraram rapidamente em Toronto, no Canadá, onde participaram de um encontro do G7. Na oportunidade, os dois combinaram a reunião em Washington.

Conforme antecipado pela coluna Igor Gadelha, do Metrópoles, Mauro Vieira informou a Marco Rubio que uma proposta de negociação sobre as tarifas norte-americanas foi enviada pelo Brasil aos EUA no último dia 4 de novembro, após reunião virtual entre as partes.

No último dia 16 de outubro, Vieira e Rubio tiveram uma reunião na Casa Branca, em Washington, para discutir o tarifaço. De acordo com o chanceler brasileiro, a conversa ocorreu em um “clima excelente de descontração” e foi produtiva. Na reunião, o chanceler reiterou a posição brasileira, que pede a “reversão das medidas adotadas pelo governo norte-americano a partir de julho”.

Duas semanas depois, as conversas avançaram após um encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump na Malásia. Ao final da primeira reunião bilateral entre os líderes do Brasil e dos EUA, ficou acordado que o governo brasileiro enviaria uma comitiva a Washington o quanto antes, para tratar sobre o tarifaço. A expectativa é que a viagem fosse realizada ainda na primeira semana de novembro, o que não ocorreu.

Varejo recua em setembro

No cenário doméstico, o mercado repercute os dados divulgados nesta manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre as vendas do comércio varejista.

Em setembro de 2025, o volume de vendas do varejo recuou 0,3% em relação a agosto. A média móvel trimestral apresentou estabilidade (leve queda de 0,1%). Já na comparação com setembro do ano passado, o varejo cresceu 0,8%, a sexta taxa positiva consecutiva. No acumulado do ano, o crescimento é de 1,5%. No acumulado de 12 meses, de 2,1%.

De acordo com o IBGE, no comércio varejista ampliado – que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo –, o volume de vendas subiu 0,2% em setembro, na comparação com agosto.

A média móvel teve crescimento de 1%. Em relação a setembro de 2024, houve alta de 1,1%. No ano, o varejo ampliado acumula perdas de 0,3%. No acumulado de 12 meses, alta de 0,7%.

Balanços corporativos

O mercado também aguarda a divulgação de mais balanços corporativos nesta quinta-feira. Entre as empresas que divulgarão seus resultados do terceiro trimestre deste ano, estão BMG, Nubank, Cemig, CPFL Energia, Localiza, Light, Marisa, JBS e Marfrig.

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