O dólar registrou queda de 0,35% frente ao real, cotado a R$ 5,37%, nesta terça-feira (25/11). O Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), registrava alta de 0,35%, aos 155.821,01 pontos. Os movimentos, em grande medida, foram puxados pela perspectiva de queda de juros tanto no Brasil como nos Estados Unidos.
No cenário interno, o mercado acompanhou as declarações do diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Nilton David, que descartou a possibilidade de um novo aumento da taxa básica de juros no país, a Selic, que está em 15% ao ano. “Aumentar os juros não está mais no cenário-base do BC”, disse David. “A questão agora é entender quando será o processo de corte.”
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No cenário externo, pouco antes do meio-dia, a moeda americana passou a registrar queda, depois da divulgação de dados sobre a economia dos Estados Unidos. Os números mostraram uma inflação dentro das previsões do mercado, além de dados mais fracos sobre emprego.
Com isso, também ganhou tração a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) irá cortar os juros em dezembro. De acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group, as chances de redução da taxa em 0,25 ponto percentual são de 84,7%. Hoje, elas estão fixadas no intervalo entre 3,75% e 4,00%, ao ano.
Guerra e fiscal
Na avaliação de Nicolas Gass, estrategista de investimentos da GT Capital, além dos dados sobre a economia americana e a estimativa de redução dos juros, o “câmbio foi influenciado pelas notícias sobre o possível acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia”.
No Brasil, os investidores seguem atentos à questão fiscal, que trata da relação entre receitas e despesas do governo. Agora, o foco recai sobre a votação no Senado do projeto que prevê aposentadoria especial para agentes de saúde, com impacto fiscal estimado em R$ 11 bilhões nos próximos três anos.
