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    Edvaldo Magalhães diz que prisão de Bolsonaro ‘é consequência do crime cometido’

    Por José Pinheiro

    Em discurso nesta terça-feira (25/11), o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) comentou a respeito da prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por violar a tornozeleira. O ex-presidente estava em prisão domiciliar, mas violou o equipamento de monitoramento no sábado, dia 22.

    “A única observação que eu faço é de que a prisão é apenas a consequência do crime cometido. Ele foi condenado, dentre outras coisas, por participar de uma trama de golpe e uma trama de morte do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, à época, do presidente eleito da República Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente da República Geraldo Alckmin. Só isso! Tentou fechar esse parlamento, porque golpe é incompatível com as estruturas democráticas”, disse Magalhães. 

    O parlamentar acrescentou, ainda, que o processo que condenou Bolsonaro já está concluso e que a prisão é apenas o cumprimento da pena estipulada. “E, agora, tem uma consequência normal para quem foi condenado: cumprir a pena. Até acho que ele tem que cumprir a pena em condições diferentes. Até acho, defendo isso, mas precisa cumprir a pena”, lembrou.

    Edvaldo Magalhães destacou também a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou uma prisão sem ‘espetáculo midiático’. “Pois é, a lei é para todos e ninguém deve ter criminoso de estimação. Aliás, quando ele foi preso, ele teve a regalia de não ser filmado, televisionado, de não passar por um processo de humilhação que o ex-presidente Lula passou. Exposto, ao vivo e a cores a noite, sendo transportado numa avioneta pequena, correndo risco. O Xandão que todo mundo reclama dele disse: ‘não tem que algemar, não tem que expor’, como deve ser. Sem espetáculo e garantido sempre o amplo direito de defesa”.