Portal Estado do Acre Notícias

Eliziane tenta emplacar aliados em estatal com projeto milionário

eliziane-tenta-emplacar-aliados-em-estatal-com-projeto-milionario

Eliziane tenta emplacar aliados em estatal com projeto milionário

A senadora Eliziane Gama (PSD) tem atuado para emplacar aliados em postos-chave do Serviço Geológico do Brasil (SGB), estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia responsável por um projeto de R$ 200 milhões financiado pela Petrobras.

A coluna apurou que a parlamentar articula a indicação de Vilmar Medeiros Simões e Gledson da Silva Brito para assumir, respectivamente, a presidência e a diretoria de Administração e Finanças do SGB. A movimentação ocorre após a demissão de Inácio Cavalcane Melo, que havia sido indicado por Eliziane para comandar a estatal quando era casado com a senadora.

5 imagensFechar modal.1 de 5

Vilmar Medeiros Simões

2 de 5

Gledson da Silva Brito

3 de 5

Ex-presidente do Serviço Geológico do Brasil (SGB), Inácio Cavalcante Melo pediu demissão após a coluna revelar irregularidades no uso de verbas públicas

Instagram4 de 5

Documento da Fundação de Apoio ao SGB

5 de 5

Vilmar e Gledson integram a Fundação

Ligados a Inácio Cavalcante Melo, Vilmar e Gledson atuam hoje na Diretoria-Executiva da Fundação de Apoio ao SGB, que ficará responsável por executar o projeto com a petroleira.

O projeto financiado pela Petrobras, autorizado pela cláusula de investimento em pesquisa e inovação da ANP (Agência Nacional do Petróleo e Gás), prevê a construção do Centro Científico e Cultural da Urca (RJ). O complexo reunirá o Centro de Referência em Geociências, novas litotecas nacionais — instalações destinadas a armazenar, catalogar e preservar amostras de rochas, solos, óleo e gás —, além da revitalização do Museu de Ciências da Terra.

Leia também

A articulação por cargos ocorre em meio a um cenário que empregados do SGB descrevem como “sucateamento”, e pelo qual pedem intervenção do governo. Hoje, a estatal funciona com apenas dois diretores — ambos servidores de carreira — e está impossibilitada de realizar reuniões colegiadas por falta de quórum, já que são necessárias ao menos três presenças para deliberações entre as cinco diretorias existentes.

Esse quadro de instabilidade se agravou após a saída de Inácio Cavalcante Melo, que deixou a presidência após revelações da coluna sobre o uso irregular de verbas públicas. A vacância no comando reacendeu a disputa interna e elevou a pressão sobre novas nomeações, especialmente diante da dimensão dos projetos financiados pela Petrobras e pelo papel central da Fundação de Apoio na execução desses recursos.

Após a saída de Inácio, em outubro, sua sucessora, Sabrina Góis, foi demitida em novembro, um mês depois de assumir o cargo, após a divulgação de fotos ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e de publicações, em 2018, comemorando a prisão de Lula.

Atualmente, o SGB é comandado interinamente pelo geólogo Valdir Silveira, servidor de carreira que conta com apoio da senadora Zenaide Maia (PSD).

Procurada, Eliziane Gama não se manifestou sobre o assunto.

Sair da versão mobile