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Em carta, presidente da COP30 cobra planos climáticos e defende o Pix

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Em carta, presidente da COP30 cobra planos climáticos e defende o Pix

Belém – O presidente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), o embaixador André Corrêa do Lago, defendeu neste sábado (9/11) o multilateralismo e a discussão climática sob regimento da Organização das Nações Unidas (ONU). Ele também citou o Pix como exemplo tecnológico e cobrou países a divulgarem os planos climáticos. O evento começa oficialmente nesta segunda-feira (10/11).

“A ação climática já não pode mais se limitar a uma agenda linear de descarbonização. Ela deve ser impulsionada pelo desenvolvimento sustentável em todas as suas dimensões – social, econômica e ambiental – rumo a uma transformação não linear, exponencial em velocidade e escala”, afirmou Corrêa do Lago. Ele referenda a carta da Cúpula, que associa proteção social à defesa climática.

O embaixador sugere três prioridades:

A afirmação está na nona carta apresentada pelo diplomata na presidência da COP. A divulgação do documento, e sua defesa do multilateralismo, coincide com a ida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Colômbia para discutir a questão da Venezuela. O governo brasileiro tem criticado as incursões dos EUA no país vizinho.

Cobrança

O presidente da COP30 cobrou às nações que não apresentaram seus planos de contribuição para combater a mudança climática. Ainda há países, como a China, que apresentaram metas nada ambiciosas, e de quem se espera uma atualização durante a conferência.

“Registro meu apreço aos países que apresentaram novas NDCs em resposta ao primeiro Balanço Global (GST) e conclamo os demais a fazê-lo até a COP30. Coletivamente, as novas NDCs apontam para uma redução projetada inédita nas emissões até 2035”, escreveu.

O foco da carta de Corrêa do Lago, porém, é um chamado aos países a acelerarem a implementação do Acordo de Paris. Ele afirma que o desafio é “manter vivo o objetivo de 1,5 °C”, limite de aumento da temperatura global definido em 2015, tendo como parâmetro a média da temperatura pré-industrial.

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A COP30 vem sendo tratada pelo Brasil como a “COP da verdade”. O desafio desta Conferência é implementar os mecanismos para limitar o aumento da temperatura global, principalmente o financiamento para manutenção do meio ambiente nos países em desenvolvimento.

Um exemplo é o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), lançado durante a Cúpula do Clima na última semana como aposta do Brasil como legado da COP. Ele prevê recompensa financeira aos países em desenvolvimento que conservem esse bioma em seus territórios.

Defesa do Pix

Corrêa do Lago afirmou que a presidência do G20 da Índia em 2023 “demonstrou que uma infraestrutura pública digital (DPI) bem desenhada, ampliada pela inteligência artificial, pode viabilizar o uso de dados para acelerar o progresso rumo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, por meio de uma transformação digital inclusiva.

Nesse sentido, ele defendeu a tecnologia brasileira do Pix como um exemplo. “Em apenas alguns anos, o ecossistema de pagamentos digitais Pix, no Brasil, transformou profundamente a economia e a sociedade brasileiras, impulsionando a inclusão financeira, o empreendedorismo e a prosperidade de empresas e cidadãos”, disse.

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