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    “Estava cheio de sonhos”, diz irmão sobre últimos dias de Lô Borges

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    O corpo de Lô Borges, um dos ícones do Clube da Esquina, foi velado na manhã desta terça-feira (4/11) no Palácio das Artes, em Belo Horizonte.

    O artista morreu após passar 18 dias internado tratando uma intoxicação medicamentosa. Familiares, amigos e admiradores comparecem ao local para prestar as últimas homenagens ao músico mineiro, considerado um dos nomes mais influentes da música brasileira.

    O relato de Yé Borges

    Entre os presentes, o irmão do cantor, Yé Borges, relembrou os últimos dias de Lô e contou que o artista atravessava uma fase criativa intensa, com diversos planos profissionais.

    Segundo ele, o músico pretendia lançar quatro discos e mantinha compromissos marcados até o fim do ano.

    “Foram dias muito difíceis. Ele estava surpreso e não esperava a situação em que ele se encontrava, foi uma decepção muito grande. A agenda dele estava lotada até o dia 31! Ele tinha muitos sonhos, faria um show com Zeca Baleiro… Mas deve estar compondo onde ele está agora”, comentou.

    7 imagensMorre Lô Borges, ícone da MPB e fundador do Clube da Esquina Internado na UTI, Lô Borges precisava de ventilação mecânicaLô BorgesLô Borges é clicado durante uma de suas apresentaçõesLô Borges estava internado há 10 diasFechar modal.1 de 7

    Hospital se manifesta sobre morte de Lô Borges, aos 73 anos

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    Morre Lô Borges, ícone da MPB e fundador do Clube da Esquina

    Bárbara Dutra/Divulgação3 de 7

    Internado na UTI, Lô Borges precisava de ventilação mecânica

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    Lô Borges

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    Lô Borges é clicado durante uma de suas apresentações

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    Lô Borges estava internado há 10 dias

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    Cantor e compositor Lô Borges

    Reprodução

    “Muito doloroso”

    Yé destacou ainda o vínculo próximo que mantinha com o irmão e a dificuldade da família em lidar com a perda repentina.

    “Eu sou o irmão que conviveu mais tempo com o Lô: a gente dividiu até a cama! A família inteira está muito sensibilizada, foi uma coisa muito repentina, ele estava cheio de planos e sonhos. O Lô compunha compulsivamente. Está sendo muito doloroso, mas o que conforta é observar o quanto repercutiu a partida dele, isso nos conforta”, disse.

    Em meio ao luto, o irmão ressaltou não apenas a dimensão artística de Lô Borges, mas também sua presença no convívio familiar.

    “O Brasil perdeu um de seus maiores compositores, mas eu perdi um irmão. Nós jogávamos futebol, e para a família perdemos aquela pessoa que estava sempre de bom humor. O Tom Jobim falava que ele era genial, então, não é só uma coisa que a família diz”, afirmou.