Uma semana após se colocar como pré-candidato ao governo estadual durante um evento na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), se reposicionou ao ser questionado pelo Metrópoles sobre a possibilidade de suceder o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) no Palácio dos Bandeirantes.
Na quinta-feira (30/10), o emedebista respondeu à reportagem que está “à disposição para coordenar a campanha de Tarcísio de Freitas para o governo de Estado, ou eventualmente para a presidência”. Ele reafirmou que quer concluir o mandato na Prefeitura de São Paulo, que se encerra em 2028. “Meu desejo é continuar exercendo a função de prefeito até 2028, mas tenho muita noção da minha responsabilidade em estar presente na questão eleitoral para que o nosso Estado, o nosso país possa progredir”, disse.
Nunes esteve na Alesp para receber o Colar de Honra ao Mérito, diante de um plenário lotado. Na ocasião, disse que gostaria de concluir seu mandato, mas que estaria sempre às ordens “para poder trabalhar pela nossa cidade, pelo nosso estado” caso “algum desafio vier pela frente”.
A homenagem teve tom de lançamento de Nunes à candidatura para o governo do estado.



Tarcísio de Freitas durante Datagro
Reprodução
Tarcísio de Freitas, Flávio Bolsonaro e Jair Renan
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas
João Valerio / Governo de SP
Tarcísio de Freitas visita Bolsonaro
Reprodução 
O prefeito Ricardo Nunes
Edson Lopes Jr./SECOM
Nunes em ato da direita
DANILO M. YOSHIOKA/ESPECIAL METRÓPOLES @danilomartinsyoshioka
O evento de Lula, Ricardo Nunes e Tarcísio ocorreu na sexta-feira (29/11), no Palácio do Planalto
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Kassab e Nunes
Ettore Chiereguini/Especial Metrópoles @chiereguini.e
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“Traficante é vítima?”
Tarcísio ainda navega nas águas da incerteza entre tentar a cadeira de presidente ou manter-se na de governador. Por isso, a fala de Nunes segue o mesmo balanço, ora se colocado como sucessor, ora colocando as barbas de molho.
Em crítica ao presidente Lula, favorito hoje na disputa presidencial de 2026, o prefeito, por exemplo, avaliou como “inaceitável” ter um presidente que afirma que “traficantes são vítimas dos usuários“, reforçando o time dos que defendem a entrada de Tarcísio na disputa presidencial, o que em tese beneficiaria Nunes.
“Olha o que aconteceu no Rio de Janeiro, com a apreensão daquele monte de armamento, aquela situação terrível. Do meu ponto de vista é inaceitável ter um presidente que fala uma coisa dessas. Traficante é vítima? Vítima é a população que sofre com essa turma aí que tem que ir para a cadeia”, disse o prefeito à reportagem.
Ele reforçou que vai “atuar”. “Evidentemente, vou atuar para que a gente tenha uma candidatura vitoriosa do nosso campo, se for o Tarcísio para presidente ou para governador”, concluiu.





