Imagens do Provão Paulista e até de um suposto gabarito do teste foram publicados nas redes sociais durante a realização do exame, o que indica que alguns alunos tiveram acesso a celulares enquanto faziam a prova.
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) afirmou que os exames compartilhados são verdadeiros e que seis casos já foram confirmados — sendo quatro provas identificadas e anuladas. O caso é investigado e mais ocorrências são investigadas.
Vídeos e fotos divulgadas no X (antigo Twitter) e no TikTok, nessa quarta-feira (5/11), mostram fotos das provas e contam com legendas irônicas. “Valeu aí, provão paulista, me fazendo acordar cedo só pra fazer uma prova. Chutei mais que o Pelé”, escreveu um estudante.
Reprodução/Redes sociais
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O regulamento proíbe que os alunos tenham contato com aparelhos celulares durante a aplicação do Provão. Os aparelhos devem ser desligados e guardados em envelopes fechados, oferecidos pelo fiscal do exame.
Procurada pelo Metrópoles, a Seduc-SP definiu o caso como “ocorrências pontuais de indisciplina” e afirmou que todos os registros feitos por alunos ocorreram durante o período regular de aplicação, enquanto as avaliações eram realizadas simultaneamente em todas as escolas. A pasta acrescentou que as provas dos alunos envolvidos foram imediatamente anuladas, conforme previsto no regulamento.
“A equipe responsável pela avaliação reforça que esses episódios são isolados e a integridade e a credibilidade do exame estão preservadas. Além disso, as medidas de segurança já foram reforçadas, e os diretores das unidades devidamente orientados quanto aos procedimentos de fiscalização”, argumentou, em nota.
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O Provão Paulista deste ano começou a ser aplicado nessa terça-feira (4/11) e vai até o dia 12 — a depender da série do aluno. O exame acontece desde 2023 e oferece oportunidades para estudantes das escolas estaduais ingressarem em universidades públicas paulistas. O modelo acontece de forma seriada, com provas realizadas no 1°, 2° e 3° ano do ensino médio, e é realizado nas escolas onde os candidatos estudam.
Quem estudou, não gostou
A situação também gerou debate entre os alunos que se preparam anualmente para a realização do exame. Sonhando em ingressar nas melhores universidades do país, estudantes criticam a atitude dos infratores do exame.
“Pessoal do terceirão que fez Provão Paulista hoje e ontem, vão no site da Vunesp e denunciem essa pouca vergonha. Estudamos o ano inteiro pra vir esses marmanjos e usarem o celular. Além dos fiscais, que divulgaram o gabarito e que ajudaram os alunos a colarem. Ficar quieto é compactuar”, detonou uma candidata.
Outros jovens também criticaram o trabalho de alguns aplicadores. Conforme denúncias nas redes, alguns teriam disponibilizado as respostas do exame enquanto o teste estava sendo aplicado.
“Um absurdo a falta de preparo dos fiscais. Estou indignadíssima”, lamentou uma internauta. “Como assim os fiscais sabiam o gabarito? O que é isso?”, criticou outro.
