Um e-mail enviado por um ex-funcionário da Globo para toda a equipe da emissora gerou circulação interna e chamou a atenção nos corredores da empresa. A mensagem, que passou a ser compartilhada entre diversos setores, relatava supostos problemas envolvendo rotina de trabalho, remuneração, decisões administrativas e até menção a um possível desvio de recursos. A Globo confirmou ter tomado conhecimento do conteúdo e se pronunciou. (Leia nota enviada pela emissora completa abaixo)
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No texto, a que este colunista do Metrópoles teve acesso, o ex-colaborador relacionou o momento da empresa às comemorações pelos 100 anos do Grupo Globo e mencionou comentários sobre o cancelamento da festa de fim de ano voltada aos funcionários. Ele citou relatos de pessoas que afirmam trabalhar em escala de seis dias por semana, com mudanças frequentes de horário, extensão de jornada sem pagamento de horas extras e uso de banco de horas considerado, por ele, desproporcional. Também questionou a política de reconhecimento profissional e apontou insatisfação de parte da equipe com eventos que, segundo ele, teriam sido mantidos apenas para áreas específicas.
“Nesse ano de comemoração da empresa, muitos boatos vem à tona: desvio de 100 milhões (um pra cada ano), funcionários que não ganharam nem um bombom, festa rolou para galera importante, rolou para televisão aberta. Mas, no geral, rola um descontentamento muito grande com tudo. Verdade que a festa de final de ano foi cancelada por conta desses cortes?”, diz trecho do e-mail escrito pelo ex-diretor de imagem da emissora.
Ainda na mensagem, o ex-funcionário afirmou que esses episódios seriam incompatíveis com o discurso institucional de valorização de colaboradores. A repercussão do e-mail provocou troca de comentários entre funcionários e ampliou a discussão sobre as condições de trabalho internas.
Procurada por este colunista do Metrópoles, a Globo enviou a seguinte nota: “Não é verdade que houve qualquer desvio ou corte irregular de recursos. A Globo possui canais formais e mecanismos internos de gestão para tratar as questões e insatisfações mencionadas no e-mail do ex-funcionário, e lamentamos que ele não tenha recorrido a esses instrumentos enquanto esteve conosco.”
