Preta Gil, que morreu em julho deste ano após complicações de um câncer no intestino, havia expressado aos amigos o desejo de ter parte de suas cinzas transformada em diamantes. O pedido foi cumprido recentemente, como mostrou o Fantástico nesse domingo (23/11).
A cantora tinha interesse pelo processo desde que descobriu a possibilidade de produzir pedras preciosas em laboratório. Após sua morte, parte das cinzas seguiu para um laboratório em São Paulo, onde começou a conversão do carbono em pedra preciosa por meio de tecnologia que reproduz, em alta velocidade, o que a natureza leva milhões de anos para fazer.
Para isolar o carbono, a amostra passa por sucessivas queimas que eliminam enxofre, potássio e outros compostos orgânicos.
O químico Dennys Alves explicou que o carbono, inicialmente em pó, é transformado em grafite e compactado em uma pastilha. Ela é colocada em uma cápsula especial, capaz de atingir temperaturas entre 2.000 e 3.000 graus.
Depois, segue para uma prensa que simula condições extremas de pressão — comparáveis a “todo o peso do Monte Everest na cabeça de uma agulha”. Em aproximadamente 60 horas, os átomos de carbono se reorganizam e formam o diamante bruto.
Preta Gil
Instagram/Reprodução
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Reprodução
Com o material enviado a São Paulo, foram criados 12 diamantes destinados aos amigos de Preta. Outra parte das cinzas foi encaminhada a Curitiba, onde um laboratório produziu integralmente no Brasil o diamante reservado à família Gil.
Após a formação, as pedras passam por lapidação e polimento. Cada diamante recebe um número de certificação gravado a laser, visível apenas com lupa de 40 vezes, além do nome da pessoa homenageada.
“Nossa amizade é igual diamante. Não quebra. A Preta é isso… Ninguém destrói, ninguém quebra. E ela era essa pessoa”, disse Gominho.
