O pornô com tentáculos tem sido, há muito tempo, descartado por ser considerado um nicho “bizarro” e exagerado do mundo hentai. Mas, por baixo da superfície, esse fetiche diz muito sobre o subconsciente erótico. Tem menos a ver com monstros e mais com metáforas — de poder, tabus e a ideia de não estar no controle.
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Em termos simples: pornografia com tentáculos é um subgênero de hentai (pornografia animada japonesa) que apresenta encontros sexuais entre personagens humanos — geralmente mulheres — e criaturas com tentáculos, geralmente de origem fantástica ou alienígena.



O fetiche acontece quando uma pessoa se sente atraída e excitada por algo bem específico
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A fantasia, por sua vez, é algo mais voltado a um desejo ou imaginação que você pode ou não querer colocar em prática
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Elas servem como um meio de explorar desejos e estimular a excitação sexual, sem necessariamente serem essenciais para a satisfação sexual
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o fetiche sexual é caracterizado pela obtenção de excitação e prazer por meio de um objeto específico, parte do corpo ou situação particular
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Para que um comportamento seja considerado fetichista, a presença do objeto ou contexto fetichizado é frequentemente necessária para que a pessoa alcance satisfação sexual
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As suspeitas de origem são surpreendentemente políticas. No passado, as leis de censura no Japão proibiam a representação de pênis em pornografia, então, ilustradores e animadores usaram a criatividade. Tentáculos não eram, tecnicamente, anatomia humana. Eles, então, burlavam as leis de obscenidade, ao mesmo tempo que ofereciam conteúdo explícito.
Um bom exemplo disso é O Sonho da Esposa do Pescador, uma gravura em madeira que mostra uma mulher em um momento íntimo com dois polvos. É um exemplo de pornografia octogênica antiga.

A sexóloga Dri Linares explica que o fascínio por esse tipo de fantasia está ligado ao imaginário simbólico e às sensações de entrega e envolvimento total. “Os tentáculos representam o poder, o domínio e o toque simultâneo em várias partes do corpo, algo que desperta curiosidade e prazer para quem tem uma mente mais sensorial.”
“Do ponto de vista psicológico, há também uma relação com o desejo de experimentar o desconhecido e sair do controle, algo que muitas pessoas, inconscientemente, buscam no campo erótico”, destaca.
Dominação e submissão
O pornô com tentáculos é apenas uma parte de um ecossistema fetichista muito mais amplo que prospera em espaços de animação, ilustração e fantasia. De lobisomens a demônios, de monstros a robôs gigantes, o gênero explora o que muitas narrativas convencionais não abordam.



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“Ele pode ser entendido como uma variação simbólica das dinâmicas de poder que existem no BDSM, na qual há uma troca consensual entre quem domina e quem se entrega. No fundo, se trata do mesmo arquétipo: o prazer em se render, em confiar e em viver a intensidade do momento”, explica a profissional.
Como conversar sobre fetiches diferentes com a parceria?
A base sempre é o diálogo com respeito e curiosidade. “O ideal é começar falando sobre desejos e sensações, e não sobre as práticas específicas logo de cara.”
Um exemplo, segundo a profissional, é: “‘Tenho uma fantasia que me desperta curiosidade, posso te contar?’. Esse tipo de abordagem convida o outro para uma troca íntima, sem imposição. É importante lembrar que o erotismo se constrói na confiança e quando há espaço para o diálogo, o casal amplia a conexão e transforma a curiosidade em cumplicidade.”
Quais são os limites?
A profissional destaca que um fetiche só merece atenção clínica quando começa a limitar a vida da pessoa, por exemplo, quando ela só consegue sentir prazer com aquele estímulo específico, ou quando isso interfere em relações afetivas reais.
“Ter fantasias é supernatural, saudável e faz parte da imaginação erótica humana. O problema surge quando a fantasia vira um refúgio compulsivo ou uma forma de escapar das conexões reais. A sexualidade equilibrada envolve liberdade, mas também presença e vínculo”, emenda.
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