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    Final feliz: onça baleada na cabeça é devolvida à natureza no Amazonas

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    Em outubro deste ano, uma onça bastante debilitada foi vista nadando no Rio Negro em direção a Manaus, no Amazonas. As imagens geraram comoção nas redes sociais, pois o animal havia sido baleado na cabeça. Um exame mostrou que 36 estilhaços de chumbo ficaram alojados na região do tiro, que também quebrou dentes do animal e gerou um edema em um dos olhos.

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    Agora, depois de 40 dias de recuperação, ela foi devolvida à natureza nas proximidades do município de Nova Airão. Depois do resgate, o felino, um macho jovem com cerca de dois anos e que pesa 58 kg, foi levado para tratamento e reabilitação no Zoológico do Tropical Hotel Amazônia.

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    Felizmente, durante o processo, a onça conseguiu, inclusive, recuperar a visão e a musculatura facial completamente. Isso foi possível porque as lesões causadas pelos estilhaços alojados na bochecha e na orelha direita cicatrizaram sem afetar os movimentos.

    3 imagens36 estilhaços ficaram alojados na região do tiro, mas a reabilitação foi um sucessoAgora, a onça foi solta na natureza e vai continuar seno monitorada por uma coleira GPSFechar modal.1 de 3

    O animal foi encontrado no Rio Negro após ser baleado na cabeça

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    36 estilhaços ficaram alojados na região do tiro, mas a reabilitação foi um sucesso

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    Agora, a onça foi solta na natureza e vai continuar seno monitorada por uma coleira GPS

    A soltura

    Uma série de fatores possibilitaram o retorno do animal à natureza. Além da recuperação física, a onça demonstrou comportamentos típicos de um felino selvagem, como escavar o solo, arranhar madeiras e reagir com instinto de defesa, o que mostrou que estava pronta para voltar ao habitat natural.

    Na última etapa do processo de reabilitação, em 5 de novembro, ela recebeu uma coleira de monitoramento via satélite. O equipamento mostra a posição da onça a cada hora, o que ajuda os especialistas a acompanharem seus deslocamentos, comportamento de caça e adaptação.

    “Vai permitir que a gente monitore de dois a três anos onde a onça está, onde vai se estabelecer, em qual território. Tudo isso é muito importante, porque vão ser dados que vão servir para a comunidade científica”, disse, em comunicado em vídeo, a deputada Joana Darc, quando integrava a Secretaria de Proteção Animal.

    Em 10 de novembro, um helicóptero e um barco levaram o felino até uma reserva natural para que ele fosse solto. O transporte da onça até o local envolveu várias etapas conduzidas pela Secretaria de Proteção Animal. O órgão ainda acrescentou que a expansão da presença humana na região próxima ao Rio Negro tem trazido problemas à fauna.