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    Foragido da PF por fraude no INSS estaria em aldeia indígena na Bahia

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    O presidente da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Rurais (Conafer), Carlos Lopes, estaria em uma aldeia indígena no sul da Bahia.

    Ele é procurado pela Polícia Federal (PF) desde segunda-feira (17/11) sob a acusação de chefiar um esquema que desviou ao menos R$ 640 milhões de aposentadorias associados à Conafer, que foi revelado pelo Metrópoles.

    4 imagensFoto colorida de presidente da Conafer, foragido da PF, Carlos Roberto Ferreira LopesCarlos Lopes é presidente da ConaferAlfredo Gaspar (União-AL) questionou o presidente da Conafer, Carlos Lopes, sobre a relação da entidade com a fraude dos descontos indevidosFechar modal.1 de 4

    Fachada da Conafer, associação investigada por envolvimento no esquema de descontos do INSS, no Setor Comercial Sul – Metrópoles

    BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto2 de 4

    Foto colorida de presidente da Conafer, foragido da PF, Carlos Roberto Ferreira Lopes

    Reprodução/Agênica Senado3 de 4

    Carlos Lopes é presidente da Conafer

    Conafer/Reprodução 4 de 4

    Alfredo Gaspar (União-AL) questionou o presidente da Conafer, Carlos Lopes, sobre a relação da entidade com a fraude dos descontos indevidos

    Carlos Moura/Agência Senado

    O dirigente está na lista dos dez mandados de prisão preventiva que deveriam ser cumpridos pela PF na nova fase da “Operação Sem Desconto”, mas não foi localizado nem se entregou.  Apesar disso, a sua defesa nega que ele esteja foragido.

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    Em nota enviada à imprensa no início da semana, os advogados afirmam  que ele está “em viagem em área de difícil acesso” e irá se apresentar à PF “quando tiver acesso aos autos”.

    Nascido em Brasília, Lopes se autodeclara da etnia indígena tapuia. Apesar de ser dono de fazendas em Minas Gerais, ele disse residir na Terra Indígena Caramuru-Paraguassu, localizada nas proximidades dos municípios de Camacan, Itaju do Colônia e Pau Brasil – a cerca de 100 quilômetros de Ilhéus.

    Segundo investigações da PF, ele seria um dos grandes líderes do esquema de descontos indevidos. As investigações apontam que, só a Conafer, lesou mais de 600 mil aposentados e desviou, com uso de fazendas e outras empresas, 90% do que arrecadou do esquema.

    Lopes depôs na CPMI do INSS em 29 de setembro e no dia seguinte, foi preso flagrante por falso testemunho a pedido da CPI, mas foi liberado após pagar fiança no valor de R$ 5 mil e sumiu.