Diante de um cenário turbulento em torno da disputa ao Senado por Santa Catarina, a deputada Carol de Toni (PL-SC) apareceu nesta quinta-feira (13/11) como favorita do eleitorado catarinense em uma pesquisa. O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) aparece em segundo lugar, de acordo com o Instituto Neokemp.
O levantamento é divulgado em meio a um impasse do Partido Liberal (PL) em relação às duas vagas disponíveis para o Senado na chapa à reeleição do governador Jorginho Mello nas eleições de 2026. Há um racha entre políticos do estado.
O vereador carioca oficializou, nessa quarta-feira (12/11), sua pré-candidatura ao Senado Federal por Santa Catarina, com o apoio de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O anúncio foi feito durante a entrega da Medalha Pedro Ernesto, homenagem feita pela Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro.
Antes disso, Carol já se dizia pré-candidata ao Senado pelo estado. Além dela, o outro possível nome é o do senador Esperidião Amin (PP-SC), que traria mais recursos e tempo de TV para a chapa. Segundo a deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC), um dos principais nomes do bolsonarismo em SC, De Toni deveria ser a indicada do partido, enquanto o senador receberia o apoio pela coligação.
Dias depois da declaração de Campagnolo, foi a vez do governador do estado, Jorginho Mello (PL), se posicionar. O aliado de Bolsonaro saiu em defesa da deputada, mas sem dizer se é ou não contra a candidatura de Carlos.
Por outro lado, parlamentares de peso no estado como a deputada Júlia Zanatta (PL-SC) e o senador Jorge Seiff (PL-SC) tomaram partido por Carlos, afirmando que devem apoiar o nome indicado pelo ex-presidente.
De Toni permanece em silêncio
Personagem central da confusão, de Toni ainda não se pronunciou sobre o tema. Entretanto, pessoas próximas a ela afirmam que pretende sair do PL e se filiar ao Novo. Ela se licenciou da Câmara na última semana, para dar à luz a uma filha.
Após a repercussão da disputa pela Casa Alta, Carol apareceu à frente no levantamento. No atual cenário mais provável, ela fica acima de Carlos com margem apertada. Já Amin aparece apenas em quarto lugar. Veja:
- Caroline de Toni (PL) – 25,4%
- Carlos Bolsonaro (PL) – 21,6%
- Décio Lima (PT) – 17,8%
- Esperidião Amin (PP) – 14,1%
- Não sabe – 14,0%
- Branco ou nulo – 7,1%
Carlos parabenizou a deputada pelo resultado positivo. “Isso só comprova o que viemos dizendo desde o início: chapa pura e vitoriosa — Carol e Carlos. Seguimos unidos pelo objetivo maior: pré-candidaturas para um Senado forte e um Brasil à direita. Parabéns, querida Carol de Toni! Mais uma narrativa cai por terra. São duas vagas! Ninguém tira a vaga de ninguém — e a chapa ser pura não é por acaso, é por princípios”, declarou.
Por que Santa Catarina?
O eleitorado de Santa Catarina é majoritariamente de direita. Tanto nas eleições de 2018 quanto nas de 2022, Bolsonaro saiu vitorioso com margem ampla pelo estado. No ano passado, elegeu o filho número 4, Jair Renan (PL-SC), como vereador pelo estado sem esforço. Diante desse contexto, a eleição de Carlos seria garantida.
Apesar da força de Bolsonaro no estado, após a repercussão da polêmica, além de deputados, vereadores e outras figuras importantes do estado, consideradas influentes, divulgaram vídeos dizendo apoiar não só Carol, mas apenas candidatos naturais de SC.