O Tribunal de Apelação de Paris concedeu, nesta segunda-feira (10/11), o pedido de soltura do ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy. Ele está detido na prisão de La Santé desde 21 de outubro. Após decisão judicial, Sarkozy poderá cumprir o restante de sua pena em casa.
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O ex-presidente será solto ainda hoje, após 20 dias de prisão. Ele ficará sob supervisão judicial.
Prisão
- O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy foi condenado pela Justiça da França por formação de quadrilha no caso de financiamento ilegal da campanha de 2007, envolvendo Muammar Kadhafi, ex-presidente da Líbia, mas foi absolvido da acusação de corrupção.
- O tribunal afirmou que Sarkozy favoreceu a reintegração da Líbia no cenário internacional e prometeu absolver Abdallah Senoussi, cunhado de Kadhafi, condenado à prisão perpétua pelo atentado ao voo DC-10 da UTA, que matou 170 pessoas em 1989.
- Até o último momento da condenação, Sarkozy manteve a alegação de inocência, afirmou que não há provas contra ele e anunciou que recorrerá da sentença.
Sarkozy se pronunciou, alegando que jamais fez o que está sendo acusado:
“Quero que todos fiquem convencidos de uma coisa: eu nunca tive a ideia insana de pedir qualquer tipo de financiamento ao Sr. Gaddafi. Jamais confessarei algo que não fiz”, declarou após as alegações finais da acusação.
Os tribunais, porém, proibiram o ex-presidente de entrar em contato com o ministro da Justiça, Gérald Darmanin, bem como com ex-funcionários líbios e altos funcionários da Justiça francesa.
O ex-presidente deve ser solto ainda nesta tarde, segundo a emissora francesa BFM TV.
Nas redes sociais, o filho de Sarkozy, Louis, comemorou a decisão e publicou uma imagem ao lado do pai, de quando era criança: “Viva a liberdade!”
O advogado de Sarkozy, Christophe Ingrain, afirmou que “o próximo passo é o julgamento do recurso”.
