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    GO: médica desabafa após ser agredida por paciente em UPA; vídeo

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    Goiânia – A médica Ana Paula Martins, que atua na rede municipal da saúde de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital goiana, denunciou que foi vítima de uma agressão dentro da Unidade de Pronto-Atendimento em que trabalha, a UPA do Parque Flamboyant. O caso aconteceu na noite de terça-feira (25/11).

    Por meio das redes sociais e em tom de desabafo, a médica relatou que foi agredida fisicamente e verbalmente. Com o olho ainda inchado, ela relatou a violência sofrida e fez um desabafo sobre as condições de trabalho enfrentadas por profissionais de saúde que atendem pelo SUS.

    “fui agredida fisicamente e verbalmente […] e não parou por aí, eu e minha família fomos ameaçados de morte”.

    Veja o vídeo:

     

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    Confusão com paciente

    Segundo a médica, o plantão começou às 7h e, já no fim do expediente, por volta das 18h30, ela chamou uma paciente pelo painel eletrônico. Como não houve resposta, voltou à recepção para chamá-la nominalmente, novamente sem retorno. Enquanto se preparava para internar outro paciente, a mulher apareceu cerca de 20 minutos depois.

    “Informei que ela teria de aguardar o próximo atendimento, porque eu precisava internar o paciente. Nisso ela já não gostou, travou a entrada da porta. Pedi para ela dar licença, ela não deu. Fui tentar sair e ela me golpeou com duas cabeçadas no rosto”, relatou Ana Paula.

    Ana chorou ao destacar que a violência gerou uma dor emocional maior que a dor física. Ela pontuou que registrou um boletim de ocorrência devido à agressão, mas lamentou que situações como essas continuem acontecendo com profissionais da área.

    “As pessoas acham que a gente forma médico e é uma maravilha, mas só a gente que está na pele sabe. Quem trabalha no SUS, cada dia está mais difícil. É precariedade de materiais, estrutura física, falta de segurança, pacientes hostis”, denunciou Ana.

    Situação de violência

    Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) afirmou que “essas ameaças e agressões precisam parar”. A prefeitura de Aparecida de Goiânia informou que a mulher foi detida e que as unidades de saúde contam com videomonitoramento, botão do pânico, além da presença da Guarda Civil Metropolitana (GCM).

    Ainda de acordo com a gestão municipal, a mulher suspeita de ter cometido a agressão estava em regime semiaberto por homicídio. Ela foi ouvida na delegacia após ser detida pela GCM, mas foi liberada logo em seguida. A guarda destacou que ela vai responder por lesão corporal grave.