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Grupo de Magro pagou R$ 65 milhões por imóvel de R$ 684 mil, diz MPSP

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Grupo de Magro pagou R$ 65 milhões por imóvel de R$ 684 mil, diz MPSP

Alvo de uma megaoperação contra fraudes fiscais, o Grupo Refit, comandado pelo empresário Ricardo Magro (foto em destaque), é suspeito de liderar uma organização criminosa responsável por sonegar mais de R$ 26 bilhões em impostos por meio de um complexo esquema que envolve refinarias, distribuidoras e postos de combustíveis, fundos de investimentos e empresas offshore.

Um dos negócios suspeitos identificados pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) foi a compra de um imóvel com superfaturamento de 9.500%. Com valor estimado em R$ 684 mil, o imóvel foi comprado por R$ 65,5 milhões pela empresa Athena Real Estate, ligada ao grupo Refit. O negócio foi intermediado pelo fundo Euv Gladiator Fip. A localização do imóvel não foi mencionada.

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Operação envolveu diversas instituições públicas de investigação

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Parte do efetivo mobilizado para megaoperação

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Autoridades definiram a fraude financeira como um fluxo financeiro extremamente estruturado e sofisticado

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O Grupo Refit é dono da Refinaria Manguinhos, no Rio de Janeiro

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Grupi Refit, do setor de combustíveis, foi alvo de uma megaoperação nesta quinta-feira

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Ministérios Públicos, Policiais, Receita Federal, entre outros, participaram da megaoperação

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O grupo investigado movimentou mais de R$ 72 bilhões após 2024

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Diversas instituições públicas participaram da megaoperação

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Grupo do setor de combustíveis alvo de megaoperação aparece como o maior devedor contumaz da União

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A Receita Federal participou da magaoperação contra o Grupo Refit

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Megaoperação mira esquema de sonegação de imposto e lavagem de dinheiro

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Autoridade cumpriram mandados em cincos estados e no Distrito Federal

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Megaoperação contra refinaria devedora de impostos mobilizou mais de 620 agentes

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Infográfico do esquema mostra o caminho do dinheiro fraudado

Divulgação/ Receita Federal

A Athena Real Estate é administrada por Antônio Santos Oliveira. Segundo o MPSP, ele tem função “indispensável na execução desta operação clássica de reinserção de capital ilícito” e “essencial” para a estratégia de “blindagem e lavagem da organização”.

Oliveira também é o administrador da “TIF Terminal Intermodal Futuro LTDA”, antiga Transo Transportes, apontada como uma das bases logísticas do Grupo Refit. Segundo o MPSP, ele tem vínculo com Jorge Berdasco Martinez, sócio do escritório de advocacia de Ricardo Magro. Ao Metrópoles, Martinez disse que desconhece a transação do imóvel e que Oliveira é seu contador.

A reportagem não conseguiu localizar Oliveira. O empresário Ricardo Magro não se manifestou. O espaço segue aberto.

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Mais de R$ 1 bilhão no exterior

O MPSP também aponta que um fundo de investimentos enviou US$ 200 milhões, como empréstimo, para uma offshore em Delaware, conhecido paraíso fiscal nos Estados Unidos. A empresa foi constituída sete dias antes do fundo.

De acordo com os investigadores, a operação teve o objetivo de “retirar os lucros da sonegação do Brasil, com risco de prejuízo futuro simulado no balanço do fundo”.

O fundo em questão é o Euv Zeus Fundo de Investimento, apontado como “o principal veículo para remessa de recursos ao exterior e lavagem internacional”.

Operação contra “devedor contumaz”

O Grupo Refit foi alvo da Operação Poço de Lobato, deflagrada nessa quinta-feira (27/11) pelo MPSP, Receita Federal e pelas polícias Civil e Militar contra o Grupo Refit. Ao todo, 190 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. O grupo empresarial de Ricardo Magro é acusado de dever mais de R$ 26 bilhões em impostos, figurando como o maior devedor contumaz do Brasil, segundo a Receita Federal.

Apenas em São Paulo, o grupo é acusado de ter cerca de R$ 9,6 bilhões em dívidas tributárias e ser também o maior devedor de ICMS do estado. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), classificou como “histórica” a megaoperação contra o Grupo Refit. “Mais um passo importante que está sendo dado para aqueles que não cumprem a regra do jogo”, disse.

Segundo Tarcísio, as empresas do grupo “fraudam R$ 350 milhões por mês” em impostos que deveriam ser recolhidos na cadeia do setor de combustíveis. Ele afirmou que com o dinheiro sonegado seria possível construir um hospital de médio porte ou 20 escolas por mês.

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