MAIS

    Haddad chora em velório e destaca resiliência de fundador do PT morto

    Por

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), chorou de emoção, nesta sexta-feira (7/11), ao participar do velório do amigo e colega de partido Paulo Frateschi, realizado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), zona sul da cidade.

    “[Ele era] uma das pessoas mais adoráveis que a gente tinha. Uma pessoa que [mesmo] nos piores momentos, [esteve] sempre disponível, sempre serena, sempre determinada”, disse Haddad, com os olhos ainda marejados, ao deixar o velório.

    Os dois se conheciam há 40 anos e Frateschi chegou a ser secretário de Haddad durante sua gestão como prefeito da capital paulista.

    4 imagensO ministro Fernando Haddad dá entrevista na Alesp, durante velório do ex-deputado Paulo FrateschiO ministro Fernando Haddad dá entrevista na Alesp, durante velório do ex-deputado Paulo FrateschiO ministro Fernando Haddad dá entrevista na Alesp, durante velório do ex-deputado Paulo FrateschiFechar modal.1 de 4

    O ministro Fernando Haddad dá entrevista na Alesp, durante velório do ex-deputado Paulo Frateschi

    Jéssica Bernardo/Metrópoles2 de 4

    O ministro Fernando Haddad dá entrevista na Alesp, durante velório do ex-deputado Paulo Frateschi

    Jéssica Bernardo/Metrópoles3 de 4

    O ministro Fernando Haddad dá entrevista na Alesp, durante velório do ex-deputado Paulo Frateschi

    Jéssica Bernardo/Metrópoles4 de 4

    O ministro Fernando Haddad dá entrevista na Alesp, durante velório do ex-deputado Paulo Frateschi

    Jéssica Bernardo/Metrópoles

    O ministro disse que o amigo foi um dos grandes construtores da história do PT e foi uma “figura excepcional” na luta pela democracia.

    “Ele ajudou a organizar o movimento popular em torno de bandeiras das mais importantes, em especial a questão da redemocratização do país, a questão das Diretas”, disse.

    Ministro destacou resiliência de Frateschi

    Haddad ressaltou também a resiliência de Frateschi, em meio a episódios difíceis enfrentados por sua família — o ex-deputado perdeu dois filhos em dois acidentes de carro.

    “Talvez seja das pessoas que eu conheço que passou pelas maiores provações que alguém pode passar. Não conheço ninguém que teve que se refazer e superar tantos acontecimentos trágicos. E, em que pese tudo isso, o Paulo sempre estava disponível pra lutar por um país melhor”.

    Leia também

    Haddad cancelou uma agenda que teria em Belém, no Pará, para vir até São Paulo e participar do velório. Ele chegou por volta das 13h e saiu após um discurso da filha do amigo, Yara Frateschi.

    Ela lembrou que o pai sempre gostou de reunir as pessoas em casa. “Vocês conhecem alguém que tem uma mesa de 5 metros? Era para receber as pessoas”, disse Yara.

    Como já tinha feito em conversa com jornalistas durante a manhã, ela voltou a defender o irmão Francisco Frateschi, dizendo que ele está doente e nunca foi agressivo. Francisco matou o pai a facadas durante um surto psicótico e está internado. Segundo Yara, o irmão não sabe o que fez.

    Figuras históricas do PT

    Também discursaram no velório nomes históricos do PT, como José Genoino e José Dirceu. O irmão de Frateschi, o ator Celso Frateschi, leu um texto em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamenta a morte do ex-deputado. O mesmo texto foi publicado por Lula nessa quinta-feira (7/11) nas redes sociais.

    7 imagensDeputado federal Rui Falcão (PT)Deputado estado Antonio Donato (PT)"Ele não sabe o que fez", diz filha de ex-deputado morto sobre irmãoFamiliares chegam para velório do ex-deputadoPaulo Frateschi é velado na Alesp, em cerimônia aberta ao públicoFechar modal.1 de 7

    Ex-ministro José Dirceu (PT) fala com a imprensa no velório de Paulo Frateschi

    Jéssica Bernardo/ Metrópoles2 de 7

    Deputado federal Rui Falcão (PT)

    Jéssica Bernardo/ Metrópoles3 de 7

    Deputado estado Antonio Donato (PT)

    Jéssica Bernardo/ Metrópoles4 de 7

    “Ele não sabe o que fez”, diz filha de ex-deputado morto sobre irmão

    Jéssica Bernardo/ Metrópoles5 de 7

    Familiares chegam para velório do ex-deputado

    Jéssica Bernardo/ Metrópoles6 de 7

    Paulo Frateschi é velado na Alesp, em cerimônia aberta ao público

    Jéssica Bernardo/ Metrópoles7 de 7

    Yara Frateschi, filha de Paulo Frateschi, no velório do pai em SP

    Jéssica Bernardo/Metrópoles

    A esposa de Frateschi, Yolanda Maux Vianna, e a filha dele, Luisa Maux, que também ficaram feridas durante o surto psicótico de Francisco, acompanharam o velório.

    Dezenas de coroas de flores foram enviadas para a despedida. Depois da cerimônia, encerrada por volta das 14h, o corpo saiu em direção ao Cemitério Memorial Parque Jaraguá, na zona norte. O sepultamento está previsto para as 15h30.

    A trajetória de Frateschi

    Frateschi foi deputado estadual entre 1983 e 1987 e também atuou como secretário das gestões de dois ex-prefeitos da capital paulista, os petistas Marta Suplicy e Fernando Haddad.

    Ele foi, ainda, presidente do diretório estadual do PT em São Paulo. O partido lamentou a morte.

    “Durante toda a sua trajetória, nosso companheiro demonstrou coragem, integridade e compromisso com o PT e pela busca de um país mais justo”, afirmou, em nota, o diretório nacional do partido.

    Nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que a morte de Frateschi o deixou com o “coração partido”.

    “A morte de meu querido amigo Paulo Frateschi, nesta quinta-feira, me deixa com o coração partido. Perco um grande e leal companheiro, com quem compartilhei décadas de lutas por um Brasil mais justo”, escreveu Lula.