O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), iniciou uma rodada de conversas com ministros do Supremo para tratar da votação do projeto da anistia.



Nikolas Ferreira visitou Jair Bolsonaro após autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF)
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O ministro do STF Alexandre de Moraes
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
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O presidente da Câmara, Hugo Motta
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Agora rompido com o PT, Motta considera colocar o tema em pauta, mas quer construir um consenso para evitar atritos com o Supremo e com o Senado, sobretudo para não correr o risco de a Casa vizinha rejeitar a proposta e expor os deputados a um desgaste político.
Há duas leituras sobre o momento. A primeira é que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), poderia receber votos contra Jorge Messias para o Supremo em troca de pautar a anistia.
Alcolumbre não pensa em outra coisa senão impor uma derrota pessoal ao presidente Lula por ter preterido Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a vaga. Lula tem dito que, se for derrotado, não indicará Pacheco. Nessa queda de braço, cada um usa as armas que tem: Lula, a PF; Alcolumbre, os votos.
A segunda interpretação é que o clima político está demasiadamente conturbado com a prisão antecipada de Jair Bolsonaro, motivada pela tentativa de violar a tornozeleira eletrônica.
O acordo para votação prevê a redução de pena dos presos no dia 8 de janeiro. Uma anistia está descartada.
Um ministro do Supremo disse à coluna que o problema é que, com os ânimos acirrados, os consensos até são construídos antes da votação, mas, depois, cada um volta ao seu discurso eleitoral.



