MAIS

    INSS: após CPMI, Onyx diz que Bolsonaro foi o único a combater fraudes

    Por

    O ex-ministro do Trabalho e Previdência Social, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta quinta-feira (6/11), após depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das fraudes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que o governo de Jair Bolsonaro (PL) foi o único, nos últimos 34 anos, a adotar medidas concretas de combate às irregularidades no sistema previdenciário.

    Assista:

    “Eu creio que o depoimento prestado hoje, como ex-ministro da Previdência, à CPMI do INSS, esclareceu que o governo Bolsonaro foi o único governo que adotou medidas de combate à fraude nos últimos 34 anos. Não há como negar que nós perseguimos de maneira obstinada, impedir que aposentados e pensionistas fossem lesados”, declarou.

    Segundo Onyx, que comandou o ministério por oito meses, o combate a fraudes foi uma prioridade desde o início da gestão Bolsonaro.

    “Desde o momento em que eu fui ministro da transição, passando do governo Temer para o governo Bolsonaro, quando nós organizamos o governo, tomamos a primeira medida, que era de estabelecer um conjunto de ações que tinham como objetivo combater fraudes, não apenas dos descontos associativos, em várias outras áreas da atividade do INSS. E ficou isso cabalmente demonstrado ao longo dos anos, pelo número de instruções normativas e decretos emitidos pelo nosso governo. Portanto, como a gente sabe, a verdade sempre vence”, disse.

    Farra no INSS

    Leia também

    Onyx admite problema com descontos

    Mais cedo nesta quinta-feira, durante o depoimento, Onyx reconheceu que o problema dos descontos associativos irregulares era antigo e recorrente em diversos governos. “Tem denúncias de problemas com acordos ou com procedimentos nos mais diferentes governos desde 2010, registrados pela imprensa”, afirmou.

    Ele também admitiu ter recebido R$ 60 mil de um dos alvos da CPMI. Segundo Lorenzoni, Felipe Macedo Gomes, ex-presidente da Amar Clube de Benefícios, também alvo da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal (PF) e investigado pela CPMI, doou o valor para sua campanha ao governo do Rio Grande do Sul, em 2022.

    Ao ser questionado pelo relator da CPMI, Alfredo Gaspar (União-AL), se “esses R$ 60 mil foram vantagem indevida pelo exercício do cargo de ministro da Previdência”, o ex-ministro do governo Bolsonaro respondeu que sim. Entretanto, Lorenzoni se defendeu, justificando que as contas de campanha foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio Grande do Sul.

    6 imagensFechar modal.1 de 6

    KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo2 de 6

    KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo3 de 6

    KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo4 de 6

    KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo5 de 6

    KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo6 de 6

    KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo

    A oitiva de Onyx Lorenzoni teve início às 10h46, com uma pausa no início da tarde, e foi concluída por volta das 19h40. Ao longo das horas de sessão, o ex-ministro apresentou o trabalho feito à frente da pasta e negou envolvimento em irregularidades ligadas ao INSS.

    Parlamentares solicitaram a ida de Lorenzoni à CPMI após ficar comprovado o envolvimento de seu filho com uma entidade investigada por participar do esquema de fraudes de descontos indevidos. O advogado Pietro Lorenzoni trabalhou para a União Brasileira de Aposentados da Previdência (Unibap) enquanto o pai era ministro, em 2021.