Para quem tem intolerância à lactose, o simples prazer de saborear um pedaço de queijo pode parecer arriscado. Felizmente, o que muitos não sabem é algumas versões são naturalmente isentos desse açúcar do leite, mesmo sem ostentar o selo “zero lactose” no rótulo da mercadoria.
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Segundo o nutricionista Matheus Maestralle, o segredo está no processo de fabricação. Queijos fermentados e maturados por mais tempo tendem a conter quantidades muito baixas ou até nulas do açúcar do leite, tornando-se seguros para quem tem intolerância.
“Durante a produção do queijo, boa parte do soro do leite, onde está concentrada a lactose, é descartada. Na etapa de fermentação, as bactérias consomem o restante da lactose para produzir ácido lático. Ou seja, quanto mais tempo de maturação, maior a aceitabilidade por pessoas com intolerância”, assegura ele.
Queijos são alimentos ricos em cálcio
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Queijo parmesão é a melhor opção para quem tem intolerância à lactose
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O queijo é um alimento repleto de nutrientes, como cálcio, vitaminas e proteínas
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Queijo muçarela
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Saiba quais queijos são naturalmente sem lactose
Matheus lista os principais queijos que passam por esse processo de fermentação prolongada e, portanto, apresentam níveis baixíssimos ou praticamente nulos de lactose.
Confira:
- Parmesão;
- Grana padano;
- Pecorino;
- Gouda maturado;
- Emmental;
- Guyède;
- Camembert;
- Queijo prato;
- Queijo suiço;
- Brie;
- Cheddar tradicional.
Em entrevista à coluna Claudia Meireles, o nutricionista reforça o motivo pelo qual esses alimentos podem ser consumidos com mais segurança por pessoas que têm deficiência na enzima lactase — responsável por digerir a lactose.
“Queijos como o parmesão e o pecorino, que passam semanas ou até anos maturando, praticamente não contêm lactose. Já os frescos, como ricota, cottage e mussarela fresca, mantêm níveis mais altos do açúcar natural do leite, justamente por não passarem por esse processo prolongado”, explica.
É seguro?
Ainda que o teor de lactose seja muito baixo nos queijos curados, nem todos os organismos reagem da mesma forma. Matheus ressalta que, para intolerantes leves ou moderados, o consumo desses queijos dificilmente gera sintomas.
“Em casos de hipersensibilidade, o ideal é começar com pequenas quantidades e sempre buscar orientação profissional”, recomenda.
Por fim, o especialista faz um alerta importante: optar por queijos sem lactose não significa, necessariamente, escolher uma versão mais saudável.
“Em termos de proteína, cálcio e gordura, não há diferença relevante entre os queijos tradicionais e os rotulados como ‘zero lactose’. A principal vantagem é a tolerabilidade digestiva, e não o valor nutricional em si”, finaliza Matheus Maestralle.
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