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    Jogadores de elite foram vítimas do esquema de saques do FGTS; veja quem são

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    A terceira fase da Operação Fake Agents, deflagrada nesta quinta-feira (13/11) pela Polícia Federal, aponta que o esquema de desvio de FGTS atingiu jogadores de renome nacional e internacional, além de ex-atletas e treinadores.

    Entre os investigados nas fases anteriores está a advogada Joana Prado, figura conhecida no meio esportivo e que ocupou cargos de destaque em clubes e entidades do futebol.

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    Segundo a PF, o grupo criminoso desviou cerca de R$ 7 milhões por meio de solicitações fraudulentas de saque do Fundo de Garantia, realizadas a partir de documentos falsificados e com apoio de funcionários da Caixa Econômica Federal. A advogada, que teria coordenado a operação, está com a carteira da OAB suspensa.

    Quem é a advogada investigada

    Joana Prado de Oliveira construiu carreira no futebol carioca. Trabalhou por 12 anos no Botafogo, ingressando em 2003 e chegando ao posto de diretora jurídica do clube em 2007.

    Antes disso, foi auditora do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio e, atualmente, integra a Comissão de Direito Desportivo da OAB-RJ.

    Sua influência no meio esportivo possibilitou a aproximação com atletas e treinadores, que hoje figuram como vítimas dos desvios.

    Jogadores e ex-atletas lesados

    De acordo com informações apuradas pela PF, ao menos cinco nomes de destaque tiveram valores retirados indevidamente de suas contas vinculadas ao FGTS:

    • Juninho, ex-zagueiro do Botafogo
    • Paolo Guerrero, ex-Corinthians, Flamengo e Internacional
    • Christian Cueva, ex-São Paulo e Santos
    • João Rojas, equatoriano que atuou no São Paulo entre 2018 e 2021
    • Ramires, ex-Cruzeiro, Chelsea e Seleção Brasileira

    Além deles, outros jogadores brasileiros e estrangeiros, cujos nomes não foram divulgados, também aparecem entre as vítimas identificadas na nova fase da investigação.

    O treinador Oswaldo de Oliveira também constatou retiradas irregulares em seu FGTS e procurou as autoridades.

    Como funcionava o esquema

    A operação teve início após um banco privado detectar uma conta aberta com documentos falsos em nome de um jogador peruano. Pela conta fraudulenta, foram desviados R$ 2,2 milhões, apenas do jogador Paolo Guerrero.

    A partir desse caso, os investigadores chegaram ao restante da estrutura: contas abertas de forma irregular, pedidos fraudulentos de saque e liberação facilitada em agências específicas da Caixa.

    Os mandados cumpridos nesta quonta miraram funcionários da Caixa na Tijuca, Ramos e Deodoro, além de uma agência no Centro do Rio.

    Crimes investigados

    Os envolvidos podem responder por falsificação de documento público, estelionato e associação criminosa.

    A investigação é conduzida pela Unidade de Investigações Sensíveis da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários (UIS/Delefaz), com apoio da área de inteligência da Caixa.