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    Jovem de 23 anos perde todo o cabelo após crise de estresse no trabalho

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    Aos 23 anos, a inglesa Lauren Johnson passou por uma transformação drástica na rotina após enfrentar episódios de estresse extremo no trabalho, perder todo o cabelo em poucas semanas e ser diagnosticada mais tarde com alopecia areata.

    O caso ocorreu em Gateshead, no Reino Unido, e foi relatado pela jovem estudante de veterinária nas redes sociais como forma de conscientizar outras pessoas sobre a alopecia areata — uma condição autoimune que provoca queda repentina dos fios.

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    Durante uma viagem de férias, uma amiga percebeu uma pequena área sem cabelo na parte de trás da cabeça de Lauren. Em poucos dias, outras regiões começaram a apresentar falhas e, em menos de um mês, as mechas começaram a cair em grande quantidade.

    A jovem conta que o processo foi tão rápido que decidiu raspar a cabeça por completo. Ao procurar atendimento médico, ouviu apenas que deveria “tentar diminuir o estresse e reduzir a carga de trabalho”, sem receber explicações detalhadas sobre o que estava acontecendo.

    O diagnóstico de alopecia areata foi confirmado posteriormente. A doença é uma condição autoimune em que o próprio sistema imunológico ataca os folículos capilares — estruturas responsáveis pelo crescimento dos fios. O resultado é a perda de cabelo em áreas arredondadas do couro cabeludo ou, em casos mais severos, a queda total dos pelos da cabeça e do corpo.

    De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a alopecia areata pode ser desencadeada por múltiplos fatores, incluindo predisposição genética, alterações hormonais, infecções, uso de certos medicamentos e situações de estresse físico ou emocional. Embora não ofereça risco à vida, a condição pode gerar grande impacto psicológico, afetando a autoestima e o bem-estar do paciente.

    Sintomas de alopecia areata

    • Perda repentina de cabelo em áreas circulares do couro cabeludo, sobrancelhas ou barba.
    • Coceira ou formigamento leve no local afetado antes da queda dos fios.
    • Unhas frágeis ou com pequenas depressões (sinal que pode acompanhar a doença).
    • Evolução variável: em algumas pessoas, o cabelo volta a crescer; em outras, há novas áreas de perda.
    • Impacto emocional significativo, com aumento de ansiedade, baixa autoestima e, em casos graves, sintomas depressivos.

    O tratamento varia conforme o grau da doença e a resposta individual de cada pessoa. Entre as terapias mais comuns estão o uso de corticoides tópicos ou injetáveis, minoxidil e imunossupressores.

    Em casos mais resistentes, o dermatologista pode indicar terapias que modulam a resposta imunológica. Segundo o consenso da SBD, a abordagem deve sempre considerar o suporte psicológico, já que o impacto emocional pode agravar o quadro clínico.

    Hoje, Lauren utiliza as redes sociais para falar sobre o processo de aceitação e as dificuldades que enfrentou ao lidar com a doença. “Que jornada estranha e incrível tem sido”, escreveu ela em uma publicação.

    Compartilhar os relatos , segundo a jovem, é uma forma de ajudar outras pessoas que passam por situações semelhantes e de chamar atenção para a necessidade de um olhar mais humano diante de condições relacionadas ao estresse e à saúde mental.

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