O policial militar (PM) Henrique Otávio de Oliveira Velozo, acusado de matar o lutador de jiu-jitsu Leandro Lo com um tiro na cabeça em 2022, foi absolvido na noite desta sexta-feira (14/11) por júri popular.
Velozo já teve o alvará de soltura expedido pela Justiça e sairá do presídio da PM Romão Gomes, na zona norte de São Paulo. A data ainda não foi definida.



Leandro Lo e o PM Henrique Velozo
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Ele foi a uma boate e a um motel logo após o crime
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O PM também é lutador de jiu-jítsu
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Policial acusado de atirar contra o lutador
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Henrique Otávio Oliveira Velozo sacou a arma e atirou na cabeça do lutador Leandro Pereira do Nascimento Lo
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O tenente da PM Henrique Otávio Oliveira Velozo
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Leandro Lo foi baleado na cabeça durante festa em São Paulo
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Leandro Lo

O tenente da PM Henrique Otávio Oliveira Velozo e o lutador Leandro Lo
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Além do próprio Velozo, nove testemunhas foram ouvidas, sendo quatro da acusação, quatro da defesa e uma testemunha comum às partes. Sete jurados, cinco mulheres e dois homens, integraram o chamado conselho de sentença. Eles entenderam que o PM agiu em legítima defesa. A sentença foi dada pela juíza Fernanda Perez Jacomini, da 1ª Vara do Júri.
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Leandro Lo morreu em 7 de agosto de 2022, após uma confusão durante um show de pagode num clube da zona sul de São Paulo. De acordo com a investigação, Velozo, que estava de folga e em trajes civis, se desentendeu com o lutador e atirou contra ele na cabeça. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu. O PM fugiu do local e se apresentou à Corregedoria da Polícia Militar no dia seguinte.
Morte de Leandro Lo
- Leandro Lo era campeão mundial de jiu-jítsu. O atleta foi baleado aos 33 anos após uma discussão com o tenente da PM Henrique Otávio Oliveira Velozo.
- O caso ocorreu durante um show em um clube de São Paulo em agosto de 2022.
- Após o desentendimento, o agora ex-policial foi até a mesa do campeão mundial com uma garrafa. Foi derrubado e imobilizado por Lo.
- O ex-tenente, depois de ser solto pelo lutador, se levantou, sacou uma arma e atirou na cabeça do atleta.
- O ex-PM foi preso em flagrante. Ele também treinava jiu-jítsu, mas de forma amadora.
- Henrique Otávio foi indiciado pela Polícia Civil e denunciado pelo Ministério Público por homicídio com três qualificadoras: motivo torpe, meio cruel e que impossibilitou a vítima.
- A defesa de Velozo alegou que ele agiu em legítima defesa, tese aceita pelos jurados, que o absolveram no dia 14 de novembro de 2025.
PM reintegrado
A Justiça de São Paulo determinou, no último dia 10 de outubro, que o ex-policial militar (PM) Henrique Otavio Oliveira Velozo fosse reincorporado e volte a receber salário até o fim do julgamento pelo crime.
O desembargador responsável pela decisão, Ricardo Dip, aceitou a argumentação da defesa do ex-PM e afirmou que suspender o salário e demitir Velozo antes do julgamento “parece vulnerar os princípios constitucionais da presunção de não culpabilidade”.
O ex-PM havia sido demitido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em uma decisão publicada no Diário Oficial no dia 22 de setembro. Tarcísio já recebeu a decisão da Justiça e Velozo voltou a receber o salário de 1° Tenente da PM, de R$ 12.697,38.





