O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) manteve a condenação do médico ginecologista Hector Javier Lozano Galindo (foto em destaque) por violação sexual mediante fraude. Conforme o Metrópoles noticiou em setembro do ano passado, ele é acusado de abusar sexualmente de pacientes no consultório onde atendia, em Planaltina de Goiás (GO).
Ele foi condenado em primeiro e segundo grau após o TJGO julgar recursos interpostos pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) e pela defesa do réu.
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Além disso, a 2ª Câmara Criminal do TJGO determinou ainda a coleta do material genético de Hector para inclusão no Banco Nacional de Perfis Genéticos, além da comunicação da condenação aos Conselhos Regionais de Medicina em que o condenado possui registro profissional.
A denúncia
De acordo com a denúncia, oferecida à época pelo promotor de Justiça Asdear Salinas Macias, o médico, que atuava como ginecologista na Clínica Oásis, em Planaltina, praticou atos libidinosos com uma paciente em duas ocasiões, entre agosto e outubro de 2018.
A vítima, de 22 anos, relatou que, durante a consulta — sua primeira experiência ginecológica —, o médico realizou exame de mama e, em seguida, teria realizado outros procedimentos invasivos em sua vagina, a pretexto de retirar um corrimento. Na segunda consulta, repetiu o procedimento, simulando movimentos sexuais e acariciando as nádegas da paciente.
Conforme os autos, a jovem, que à época não compreendeu de imediato a natureza indevida dos atos, procurou a mãe após as consultas e, orientada por ela, denunciou o ocorrido.
Em primeira instância, o réu havia sido condenado a dois anos de reclusão, pena substituída por duas sanções restritivas de direitos: prestação de serviços à comunidade e pagamento de R$ 5 mil a título de prestação pecuniária.
Ao julgar o caso, o relator destacou que os fatos narrados se enquadram como violação sexual mediante fraude.
Os abusos
Hector não foi denunciado apenas por uma paciente. Uma mulher denunciou que, em julho de 2017, durante uma consulta, o médico teria adotado um comportamento fora do padrão, chegando a colocá-la em uma posição completamente inadequada durante o exame ginecológico.
Entre julho e agosto de 2017, durante um exame de toque ginecológico, o médico teria feito movimentos circulares, estimulando o clitóris da paciente. Durante o ato, ele a questionava “se a sensação era ruim”. Na denúncia, a vítima relatou ter ficado assustada com a situação.
Em outro caso, registrado na 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho), uma segunda vítima afirmou que, durante uma consulta ginecológica, o mesmo médico teria introduzido os dedos em sua vagina sob o pretexto de retirar um corrimento.
Durante o procedimento, ele teria pedido para que a paciente fizesse movimentos com o quadril, tanto de barriga para cima quanto de bruços, e ainda teria tocado o clitóris enquanto realizava os movimentos com os dedos.
A vítima relatou ter ficado confusa e sem reação diante da situação, e notou comportamentos do médico que indicavam um abuso, como a falta de máscara e indícios de saliva na vagina.
