O termo “superalimentos” é comumente usado em circuitos fitness ou de bem-estar, se referindo a alimentos ricos em nutrientes. Recentemente, o leite de barata tem sido visto como um superalimento promissor, pois é considerado incrivelmente nutritivo e saudável.
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Pode parecer brincadeira, mas pesquisadores do Instituto de Biologia Regenerativa e de Células Tronco, na Índia, acreditam que o leite de barata pode salvar o mundo.
A proteína é extraída de um tipo específico de inseto, a Diploptera punctata. Ao contrário das outras baratas, a sua reprodução acontece como nos mamíferos, na qual os embriões ficam em um órgão especializado na mãe, e portanto, se alimentam de leite.
O líquido sai em forma de cristais, contendo carboidratos, açúcares e nove tipos de aminoácidos, moléculas de proteínas que são obtidas através da alimentação.
Os cristais são coletados através de uma incisão no estômago da mãe e dos embriões antes que eles comecem a amamentação. A método de comparação, para ter 100ml de leite seriam necessárias mais de 1.000 baratas.
Os cientistas passaram 54 dias coletando essa substância para analisar suas propriedades nutritivas. O leite de barata tem quatro vezes o valor nutricional do leite de vaca. Ele substituiu o leite de búfalo como alimento que fornece mais proteínas e calorias por kg.
Juliana Andrade, nutricionista do Metrópoles, explica que na teoria o leite de barata pode ser interessante para a alimentação: “Nutricionalmente, a substância tem potencial teórico interessante devido ao perfil de aminoácidos completo, densidade nutricional alta.”
“Porém, não está pronto para ser tratado como superalimento confirmado. Ainda é experimental”, destaca. A nutricionista ainda aponta que apesar de interessante, não é um alimento que deve ter muita aceitação do público. “A aceitação desse produto tende a ser baixa, por ser feita de baratas.”