Líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ) acionou o STF para investigar como Jair Bolsonaro obteve o ferro de solda usado na tentativa de romper a tornozeleira eletrônica.
No documento, o deputado afirma que o objeto é um “instrumento especializado que não se confunde com utensílio doméstico trivial” e pede perícia para rastrear sua procedência, coleta de impressões digitais e cadeia de custódia.
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Tornozeleira utilizada por Bolsonaro com sinais evidentes de violação
Reprodução
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Vigília em frente à casa do ex-presidente
Giovana Alves/Metrópoles
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Ex-presidente Jair Bolsonaro
HUGO BARRETO/METRÓPOLES @hugobarretophoto
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Senador Flávio Bolsonaro
Reprodução/Redes sociais
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Deputado federal Eduardo Bolsonaro
Vinicius Schmidt/Metropoles
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Superintendência da PF em Brasília
Daniela Santos/Metrópoles
A representação aponta que o uso do equipamento produziu “derretimento direcionado” na carcaça da tornozeleira, o que, segundo o texto, é incompatível com acidente ou falha técnica.
O parlamentar solicita a identificação de quem eventualmente levou o instrumento à residência e afirma que a pergunta “de onde veio esse ferro de solda?” permanece sem resposta.
O documento cita ainda que, segundo o próprio Jair Bolsonaro informou na audiência de custódia, um assessor e seu irmão estavam na casa no momento dos fatos. A peça pede a oitiva de ambos e a verificação de visitantes que estiveram no local nas 72 horas anteriores. Também requer a obtenção de imagens internas e externas do condomínio, além da análise de comunicações telemáticas.
Apuração sobre Eduardo e Flávio
A representação solicita que o STF investigue a convocação de uma vigília feita pelo senador Flávio Bolsonaro na véspera do episódio. O líder do PT afirma que o ato, anunciado como religioso, gerou aglomeração e registra que um pastor foi “agredido e hostilizado”, o que indicaria mobilização política e possível finalidade de “dificultar a movimentação dos agentes de segurança”.
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A peça também menciona declaração de Eduardo Bolsonaro, feita após a prisão preventiva do pai, segundo a qual pessoas investigadas pelo 8 de janeiro “deveriam fugir de uma pena injusta”.
Lindbergh afirma que a fala de Eduardo ocorreu depois da tentativa de romper a tornozeleira e pede apuração sobre eventual conexão com o episódio e com a fuga de outros investigados.
A representação sustenta que os elementos reunidos podem indicar uma sequência de atos envolvendo Jair, Flávio e Eduardo Bolsonaro.
