Líderes experientes do Senado Federal avaliam que a rejeição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Senado é o que mais prejudica o seu indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), Jorge Messias. O petista vive uma crise na relação com a cúpula do Congresso Nacional.
Na visão de uma ala ligada à base do governo, Messias, que é o atual Advogado-Geral da União, tem o apreço dos senadores, mas a falta de atenção e gestos políticos de Lula à Casa mantém em risco a aprovação.
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Messias busca relator de sua indicação no Senado e faz gesto
Senadores da base governista reclamam da falta de acesso a Lula, uma reclamação antiga que voltou a ser verbalizada nesse momento de desgaste na relação da Casa com o Palácio do Planalto. O argumento usado é de que alguns senadores que votam sempre com o governo nunca foram recebidos pelo petista.
Beija mão
Messias começou a visitar senadores individualmente em busca de apoio dos senadores nesta semana. A avaliação é que um gesto de Lula pode melhorar o ambiente e o Advogado-Geral da União ter os 41 votos necessários.
No Planalto, o objetivo é que o petista entregue pessoalmente ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), a mensagem de indicação de Messias. Por enquanto, ainda não há data e horário marcado para o encontro.
Alcolumbre segue contrariado por Lula não ter escolhido o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para o STF. Na quarta (26/11), o presidente do Senado faltou à sanção da ampliação da isenção de Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil “por falta de clima”.
Até aqui, Alcolumbre também ignorou as tentativas de contato do indicado por Lula ao Supremo.
