Joanesburgo — O presidente Lula se pronunciou, neste domingo (23/11), sobre a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Em entrevista à imprensa após participar do G20, Lula afirmou que não costuma fazer comentários sobre decisão do Supremo, mas lembrou que Bolsonaro foi julgado e teve todo direito à presunção de inocência.



Lula, Fernando Haddad e Celso Amorim, após reuniões do G20
Igor Gadelha/Metrópoles
O chanceler Celso Amorim; ao fundo, Lula, Fernando Haddad e Celso Amorum
Igor Gadelha/Metrópoles
Superintendência da PF em Brasília, onde Bolsonaro está preso

Esquerda comemora prisão de Bolsonaro
HUGO BARRETO/METRÓPOLES
@hugobarretophoto
“A primeira coisa é que eu não faço comentário sobre decisão da Suprema Corte. A Justiça tomou uma decisão. Ele foi julgado, teve todo direito à presunção de inocência. Foram praticamente dois anos e meio de investigação, de delação, de julgamento. Ou seja, então, a Justiça decidiu, está decidido. Ele vai cumprir com a pena que a Justiça determinou, e todo mundo sabe o que ele fez. Então, eu não tenho mais comentário a fazer”, disse Lula.
Questionado sobre a reação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump — que disse que a prisão de Bolsonaro era uma “pena” — Lula afirmou que o americano precisa saber que o Brasil é soberano.
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“Acho que não tem nada a ver. O Trump tem que saber que somos um país soberano e que nossa Justiça decide. E o que decide aqui está decidido”, disse Lula.
Bolsonaro preso
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso na manhã de sábado (22/11), por decisão de Alexandre de Moraes. O ministro do STF apontou “risco de fuga” e decidiu por mandar Bolsonaro para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília;
Na decisão, Moraes apontou dois motivos para prender Bolsonaro. O primeiro seria uma violação na tornozeleira eletrônica. O ex-presidente admitiu que tentou abrir o equipamento usando uma solda.
O outro motivo foi uma “vigília” convocada pelo senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, para a noite de sábado. O ministro do STF apontou que Bolsonaro poderia aproveitar a confusão para escapar para uma embaixada.



