O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não ligou para o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para comunicar sua decisão de indicar o Advogado-Geral da União, Jorge Messias, para o Supremo Tribunal Federal (STF).
O escolhido do petista precisa ser aprovado na Casa para se tornar ministro da Corte. A indicação passa pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pelo plenário. No colegiado, é necessário maioria simples. Já no plenário são necessários os votos de ao menos 41 senadores para a indicação ser confirmada. Ambas as votações são secretas.
Desde o início das negociações para a indicação do novo ministro do STF, Alcolumbre se mostrou resistente ao nome de Messias e não escondeu que o seu candidato era o senador e ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Contrariado, o presidente do Senado não se manifestou sobre a escolha do advogado-geral da União. O Metrópoles apurou que ele não vai se pronunciar sobre a indicação de Lula por meio de nota ou nas redes sociais.
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Ao longo dessa semana, o presidente da República conversou com Pacheco e o avisou que sua escolha era por outra pessoa. A escolha do petista para o STF encontra resistência dentro de uma ala da base de apoio, que também queria a indicação do ex-presidente do Senado.
Nos próximos dias, Messias deve iniciar o tradicional encontro individual com senadores, em busca de apoio e com o objetivo de diminuir as resistências ao seu nome.
Líderes da Casa avaliam que a situação do advogado-geral é difícil neste momento e que será necessário articulações políticas e do próprio indicado para que o nome seja chancelado pelos senadores.
Votação de Gonet foi alerta a governo
O Planalto sabe que tem um desafio pela frente depois de ver a votação apertada do Procurador-Geral da República, Paulo Gonet em sua recondução. O PGR foi aprovado com apenas 4 votos a mais que o necessário. O placar foi de 45 votos a 26.
Gonet recebeu menos votos do que quando foi indicado pelo presidente Lula em 2023, quando 65 senadores foram favoráveis e 11 contrários. A queda de apoio se deu depois atuação do PGR na trama golpista, com o pedido de condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e nas ações contra os ataques do 8 de Janeiro.
