O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou que pelo menos “82% dos venezuelanos” estão dispostos a defender o país em luta armada, em caso de possíveis ataques dos Estados Unidos. Durante a comemoração do 105º aniversário da Aviação Militar Bolivariana, nessa quinta-feira (27/11), Maduro também disse que sofre “ameaças imperialistas” há 17 semanas e que Donald Trump prejudica a paz no Caribe.
“Mais de 94% apoiam os esforços de paz em curso, e números gigantescos nunca vistos antes. 82% dos venezuelanos dizem estar dispostos a defender sua pátria sagrada com as armas em suas mãos. Este é o resultado de uma conjuntura histórica intensa. Esse número das pesquisas não é uma estatística; para nós, é um mandato histórico para defender a pátria e garantir a vitória. Sempre a vitória da independência e da paz”, afirmou o líder venezuelano.
As declarações em defesa da soberania do país acontecem em meio à escalada de tensões com os Estados Unidos. A América Latina se tornou alvo de uma investida militar do governo norte-americano. A gestão de Trump justifica que os bombardeios e as pessoas mortas no Caribe e no Oceano Pacífico são uma forma de combater o narcotráfico.
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Até o momento, pelo menos 22 barcos já foram bombardeados por forças norte-americanas, porém, sem apresentação de provas concretas da associação com o narcotráfico.
Ainda durante o discurso, com tropas militares se aproximando do território venezuelano, Maduro rechaçou as ações e disse que é ameaçado há semanas. “Há 17 semanas, forças estrangeiras imperialistas ameaçam continuamente alterar a paz do Mar Caribe, da América do Sul e da Venezuela, sob argumentos falsos e extravagantes que ninguém acredita, nem na opinião pública estadunidense, nem na opinião pública mundial, e menos na poderosa opinião pública venezuelano”, afirmou.