O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ironizou a repercussão internacional ao aparecer em jornais norte-americanos em meio à escalada de tensões com os Estados Unidos. Ele disse: “Sou mais famoso do que a Taylor Swift nos EUA”.
A declaração ocorreu nessa terça-feira (4/11), durante a sessão plenária extraordinária do 5º Congresso venezuelano.
“Eu ainda me assombro de ver minha foto e minha imagem na Fox News, CNN e digo: ‘Até onde você chegou, Nico?’ O que temem de mim? Se não sou eu, é um povo de pé, em batalha, bolivariano, chavista, dono do seu destino, que nunca será humilhado”, declarou Maduro. “E digo, caramba, eu sou famoso. Sou mais famoso do que a Taylor Swift nos Estados Unidos, agora. Que Karol G. Sou mais famoso que Bad Bunny”, completou.
O líder venezuelano se refere à cobertura global midiática sobre os navios de guerra norte-americano que bombardearam embarcações no Caribe, próximo à costa venezuelana e, mais recentemente, no Oceano Pacífico.
Desde agosto, os EUA empreendem ofensivas navais, com suporte de caças F-35, sob pretexto de combater o narcotráfico na rota marítima.
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Ainda em tom irônico, Maduro disse que deveria lançar um disco para arrecadar dinheiro, uma vez que, agora, segundo ele, está mais famoso do que as estrelas internacionais.
“Tenho vontade de gravar um disco, inclusive. É verdade, entro em uma palestra para financiar mais projetos dos conselhos comunais e das comunas com a venda do disco. Quem me ajuda? Você, Western (região que faz fronteira com a Colômbia), me ajuda? Quem compõe as minhas canções? Ah, a juventude. Eu canto bem, ou seja, eu não canto tão mal”, brincou.
A repercussão em cima de Maduro também aumentou de forma significativa após Donald Trump autorizar “ações letais” da Agência Central de Inteligência (CIA) em território venezuelano e sinalizar “ações agressivas” para derrubar o regime de Maduro.
Em meio às brincadeiras em tom amistoso ironizando uma possível invasão dos EUA, Maduro também toma medidas para proteger a Venezuela. Ele ordenou a mobilização de militares para impedir uma suposta intervenção da CIA, e o governo venezuelano alega que os EUA arquitetam um cenário de “bandeira falsa” para justificar uma agressão militar no país.