Uma mulher neozelandesa de 45 anos foi condenada à prisão perpétua, nessa terça-feira (25/11), por matar os dois filhos e esconder os corpos em malas guardadas em um armário de aluguel.
O crime ocorreu em 2018, em Auckland, na Nova Zelândia, mas os corpos só foram encontrados em 2022, quando o armário foi arrombado por novos compradores. A mãe, identificada como Hakyung Lee, nasceu na Coreia do Sul e era naturalizada neozelandesa. As vítimas tinham 6 e 8 anos.
O crime ocorreu dois meses após o marido da autora, e pai das vítimas, ter morrido de câncer. Hakyung matou os filhos com uma overdose de medicamentos controlados, escondeu os corpos em malas e as despachou em um armário de aluguel.
Depois disso, ela fugiu para a Coreia do Sul e passou a adotar um nome falso. O caso, que ficou famoso na Nova Zelândia como “os assassinatos das malas”, só foi resolvido neste ano. Hakyung foi extraditada de volta para o país e confessou o crime, tendo sido condenada em setembro.
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Nessa quinta-feira, o Tribunal Superior de Auckland julgou improcedente a tese levantada pela defesa dela, que alegou insanidade mental da acusada. Com a decisão, ela passa a cumprir a pena.
Os advogados alegaram que Hakyung Lee enfrentava um quadro depressivo e planejava matar os filhos e depois tirar a própria vida, em luto pela morte do marido.
A hipótese foi contestada pelos promotores. Eles mostraram que dias após o crime, Hakyung Lee comprou um bilhete de loteria, gastou 900 dólares em um salão de cabeleireiro e comprou uma passagem de classe executiva para a Coreia do Sul, onde recomeçou a vida e viveu por seis anos.
“Foi um ato egoísta para se livrar do fardo de criar os filhos sozinha”, disse a promotora Natalie Walker no tribunal, de acordo com o jornal The New Zealand Herald.
A mãe da acusada, e avó dos netos assassinados, testemunhou contra a própria filha no tribunal. Em depoimento, a mulher disse que o crime também destruiu a vida dela e que hoje só consegue dormir com ajuda de remédios.
“Se ela (Hakyung) queria morrer, por que não morreu sozinha? Por que levou crianças inocentes consigo?”, disse. “Não sei quando essa dor e sofrimento irão passar, mas muitas vezes penso que posso carregá-los comigo até o dia da minha morte. Os atos que minha filha cometeu foram horríveis, cruéis e aterrorizantes”, completou a mulher, que não teve a identidade revelada, de acordo com o jornal The New Zealand Herald.
O juiz Geoffrey Venning determinou que Hakyung passe por um tratamento compulsório em uma instituição psiquiátrica de segurança máxima. Após receber alta, ela será transferida a uma penitenciária federal.
