Uma mulher foi presa, na tarde desta terça-feira (18/11), suspeita de mandar matar a própria filha, em Caruaru, no agreste de Pernambuco. O corpo da vítima, Allani Rayanne Santos (foto em destaque), 24 anos, foi encontrado dentro de casa, com as mãos amarradas e diversos hematomas, na noite de segunda-feira (17).
O autor do assassinato é padrasto da vítima e confessou ter cometido o crime a pedido da companheira. A motivação seria financeira. Allani recebeu uma herança do avô materno, que incluía dinheiro e três imóveis no litoral pernambucano. O nome dos dois autores não foi divulgado pela Polícia Civil.
“Eles (mãe e padrasto) teriam combinado que o crime seria praticado para que conseguissem uma quantia que a vítima tinha depositado no banco, a partir de uma herança do avô, e três imóveis no litoral pernambucano. Eles venderiam os imóveis para sair do estado e recomeçar a vida”, disse o delegado de homicídios de Caruaru, Eric Costa, em coletiva de imprensa.
O delegado informou que o homem apontado como executor do crime foi preso na manhã de terça-feira. “Ele prestou esclarecimento e negou o crime. Mas com o trabalho da polícia, mostrando as circunstâncias e os vídeos do local do crime, ele confessou e imputou à mãe o fato de ela ser a mandante da morte da vítima”, conta.
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Vítima foi torturada para fazer transferências bancárias
O delegado responsável pelo caso informou que a mãe e a filha não tinham uma boa relação e o principal motivo das brigas era financeiro. Recentemente, as duas receberam uma herança do avô materno da vítima e pai da autora. Com isso, mãe e filha entraram em novo conflito sobre o dinheiro e os imóveis recebidos.
“Elas viviam em rusgas, principalmente relacionadas a dinheiro. Era a principal causa das brigas das duas. A ganância por dinheiro fez a mãe cometer essa atrocidade”, explica o delegado Eric Costa .
Na noite de domingo, o padrasto foi até a residência de Allani e a torturou para que ela transferisse o dinheiro da herança para uma conta bancária da mãe. A vítima não quis entregar o dinheiro e foi brutalmente espancada e esfaqueada.
O padrasto diz não ter tido ajuda para cometer o assassinato, mas apontou a mãe da vítima como mandante. Ele disse ter usado uma enxada de jardim e uma faca para cometer os crimes. No entanto, as armas ainda não foram encontradas pelos policiais.
A mãe e o padrasto foram presos e autuados pelos crimes de homicídio duplamente qualificado e por tortura.
