Caetano Veloso sempre esteve na vanguarda. Do Tropicalismo à reinvenção digital, sua obra é um diálogo permanente com as transformações do mundo. Mas, aos 83 anos, ele admite viver um dilema novo: a relação com a Inteligência Artificial.
Em entrevista à Newmag, ele afirmou: “Ela me fascina um pouco e me amedronta muito.” A frase condensa o espírito caetânico: interesse genuíno pelo desconhecido e capacidade crítica diante dos impactos éticos, estéticos e sociais da tecnologia.
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Para Caetano, a IA pode abrir caminhos inéditos na composição e no registro de memória, mas também ameaça esvaziar o gesto humano — a respiração, a falha, o improviso, o toque, a surpresa. Tudo o que fez da música brasileira um dos patrimônios imateriais mais complexos do planeta.
O artista também reflete sobre como a tecnologia reorganiza debates públicos e democráticos. Ao falar sobre política, ele lembra que qualquer avanço tecnológico só faz sentido se conservar o direito à pluralidade e à liberdade.
No palco, porém, Caetano preserva a organicidade: voz, violão, vibração e presença. E é essa combinação entre gesto humano e leitura contemporânea do mundo que Brasília verá no Festival Estilo Brasil, onde ele prepara um espetáculo de memória, invenção e afeto, no dia 11 de dezembro.
O Festival Estilo Brasil é apresentado pelo Banco do Brasil Estilo, com realização do Metrópoles e produção da Oh! Artes.
Programação
Paralamas do Sucesso & Dado Villa Lobos
Turnê: Celebrando 40 anos de Clássicos
21 de novembro
Caetano Veloso
11 de dezembro
Liniker
14 de dezembro
Festival Estilo Brasil
Local: Ulysses Centro de Convenções
Ingressos: Bilheteria Digital