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    Médico revela o que tende a ser o “grande vilão” da gordura no fígado

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    Popularmente mencionada como gordura no fígado, a esteatose hepática atinge cerca de 30% da população brasileira, o que corresponde a uma em cada três pessoas, segundo dados da Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH). Apesar de apresentar um percentual tão significativo, a condição ainda está envolta em desconhecimento: 61% dos brasileiros nunca fizeram ou não sabem quais são os exames clínicos capazes de detectar o problema, conforme pesquisa desenvolvida pelo Instituto Datafolha em parceria com uma empresa de saúde.

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    Os entrevistados do estudo responderam quais são os hábitos que mais contribuem para a esteatose hepática. Em primeiro lugar, com 58%, os participantes citaram o excesso de peso. Em seguida, eles pontuaram o consumo de bebida alcoólica, ficando com 46%.

    Ao completarem o questionário, os inscritos também salientaram que o termo mais conhecido para se referir ao acúmulo de gordura no fígado é cirrose, doença crônica e progressiva que afeta o funcionamento da glândula e, por vezes, está relacionada à ingestão exagerada de álcool.

    4 imagensDe acordo com o hepatologista, o consumo de bebida alcoólica oferece danos à saúde do fígadoO órgão é responsável por metabolizar substâncias O que ingerimos tem impacto direto na saúde hepáticaFechar modal.1 de 4

    A condição de gordura no fígado resulta de vários fatores, como excesso de peso e ingestão elevada de bebidas alcoólicas

    Rasi Bhadramani/Getty Images2 de 4

    De acordo com o hepatologista, o consumo de bebida alcoólica oferece danos à saúde do fígado

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    O órgão é responsável por metabolizar substâncias

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    O que ingerimos tem impacto direto na saúde hepática

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    De acordo com o hepatologista Rodrigo Rêgo Barros, de Recife (PE), a ingestão de bebida alcoólica pode ser uma “grande vilã” para quem apresenta esteatose hepática. “Não importa tanto qual é a bebida, pois o problema é o próprio álcool”, destaca. O gastroenterologista emenda: “Tudo vai depender da quantidade semanal consumida da substância. Quanto mais álcool, maior a chance de desenvolver ou piorar a gordura no fígado“. Ele reitera que beber essas opções prejudica o órgão, responsável por metabolizar compostos.

    Em entrevista anterior, o médico frisou que “as bebidas alcoólicas dispõem de alto teor calórico, e o álcool causa toxicidade ao fígado, que responde desenvolvendo uma ‘capa de gordura’”. Rodrigo declarou sobre a substância causar “estresse às células hepáticas”, inflamação e fibrose, que é um enrijecimento do órgão e precursor de cirrose. Caso tenha se questionado se existe alguma opção que ofereça menor risco, o especialista frisa: “Não tem, pois o que há com baixo teor alcoólico, como a cerveja, tende a ser ingerido em quantidade bem maior do que uma vodca ou uísque.”

    Ilustração colorida de fígado dentro de esqueleto humano - MetrópolesO médico destaca não existir uma bebida alcoólica “menos pior” para o quadro de gordura no fígado

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