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Metrópoles Catwalk: talk discute a educação de moda na era digital

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Metrópoles Catwalk: talk discute a educação de moda na era digital

A programação segue a todo vapor no segundo dia de Metrópoles Catwalk, no Teatro Nacional Claudio Santoro, em Brasília. Nesta terça-feira (4/11), a primeira das duas rodas de conversa do dia, Entre o Ateliê e o Algoritmo, discutiu formas de trabalhar a educação de moda diante das novidades e dos desafios da era digital. O evento, vale lembrar, começou em 3 de novembro e segue até o dia 7, com desfiles, exposições e oficinas. A entrada é gratuita e aberta ao público, mediante retirada de convites on-line por este link (clique aqui).

Vem saber mais sobre a roda de conversa, mediada pelo repórter Igor Tx, da Coluna Ilca Maria Estevão!

Roda de conversa Entre o Ateliê e o Algoritmo, no segundo dia de Metrópoles Catwalk

Entre o Ateliê e o Algoritmo: A Educação de Moda na Era Digital

A roda de conversa teve a participação de três especialistas: Francisco Nunes, professor de moda do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB); Rafaella Lacerda, professora do curso de design de moda do Iesb; e Samanta Farias, especialista em moda do Senai-DF, parceiro na realização do talk.

Entre os desafios citados para a educação de moda na era digital, os educadores destacaram os limites entre a criação autoral dos estudantes e o auxílio de ferramentas digitais e de inteligência artificial no processo de design. A recomendação deles, inclusive, começa já na fase de inspiração. A dica é buscar referências além do Pinterest e das telas, consumindo diferentes linguagens culturais e observando a moda nas ruas.

“Um cuidado que precisamos ter: estamos falando de ferramenta. O designer precisa treinar o olhar dele para usar. Depender apenas de executar no digital, você perde o seu olhar sobre o mundo. Aí é o perigo da brincadeira”, opinou Francisco. “Você tem que aprender, para além disso, a técnica de olhar, de pintura, a representação da imagem humana, das roupas. Depois que você sabe isso, se você vai fazer na aquarela, no lápis de cor, no pastel ou no 3D, é um detalhe, mas você precisa saber o que é sombra, fundo, contorno, e vale para a modelagem.”

O talk abordou normas de trabalhar a educação de moda diante das novidades e dos desafios da era digital

 

Francisco Nunes é professor no IFB

 

A roda de conversa teve mediação de Igor Tx, repórter da Coluna Ilca Maria Estevão

Produção em massa x sustentabilidade

A fabricação de produtos de moda, além dos resíduos têxteis gerados no processo, deve levar em conta também o impacto ambiental do fim da vida útil das peças quando descartadas. Especialmente, diante de um contexto em que se consome em massa, com coleções constantes de etiquetas de fast fashion e, consequentemente, um descarte mais acelerado de itens com baixa qualidade. Em meio a esse cenário, é importante que esses insights sejam pensados desde a formação dos profissionais de moda, conforme abordado no talk.

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“Temos que ficar muito ligados nos relatórios da União Europeia, porque eles têm dados muito importantes”, recomenda Rafaella. “Eles estão restringindo fast fashion, todas as políticas que estão fazendo porque entendem que estamos sem tempo. Tudo nasce na academia. É realmente prestar atenção nesse desenvolvimento de materiais, tem um potencial gigantesco.”

“Tem um brechó que eu acompanho e eles falam que toda roupa que precisamos já existe. Não precisamos dessa quantidade de roupas, mas é uma indústria que precisa continuar. Entra, às vezes, um conflito interno: de que forma estou ensinando moda e vou falar para esse aluno para que ele não tenha que ir para a indústria? Conseguimos pensar no futuro se tivermos uma construção crítica: esses processos, o lugar que essas pessoas são colocadas…”, acrescenta Samanta.

Rafaella Lacerda leciona no curso de design de moda do Iesb

 

O talk é um dos dois de terça-feira (4/11), entre uma programação com exposições e workshop de passarela

 

Samanta Farias é especialista em moda do Senai-DF

Programação do Metrópoles Catwalk

Uma programação cheia de estilo de desfiles, exposições, rodas de conversa e workshops aguarda o público para a edição de estreia do Metrópoles Catwalk, de 3 a 7 de novembro, no Teatro Nacional Claudio Santoro, em Brasília. Na passarela, marcas renomadas locais e nacionais apresentarão coleções, em um circuito que vai colocar a capital federal no radar da moda brasileira. O elenco de modelos, com 70 talentos, inclui nomes de destaque internacional, a exemplo de Isabeli Fontana e Caroline Trentini.

Já entre as grifes, nos três últimos dias de evento, marcas brasilienses como Hylo Cartis, LUCILA, Dane-se, Miwa, Louback, Sérgio Calado, Telaio e Letícia Gonzaga desfilam ao lado de nomes nacionais como Gloria Coelho, Aluf, Guto Carvalhoneto (que também assina uma das exposições), Le Blog e Reinaldo Lourenço – nomes do Rio de Janeiro e de São Paulo que desembarcam no evento a convite das lojas multimarcas Jeté, Maria, Q.U.A.D.R.A, Hills e Magrella, consagradas na cidade.

Realizado pelo Instituto Inbras, em parceria com o Metrópoles e com apoio da Secretaria de Turismo e da Secretaria de Cultura do Distrito Federal, o Metrópoles Catwalk marca um dos primeiros grandes acontecimentos a ocupar o Teatro Nacional desde sua reabertura.

Não deixe de vir conferir e lembre-se: é preciso retirar seu convite on-line, neste link (clique aqui).

Saiba mais sobre o Metrópoles Catwalk e veja editorial exclusivo do evento na galeria abaixo:

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Desfiles de marcas locais e nacionais

Hugo Barreto/Metrópoles2 de 6

Metrópoles Catwalk

Hugo Barreto/Metrópoles3 de 6

Moda e arquitetura ganham destaque no evento

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O Teatro Nacional é reconhecido pela arquitetura clássica de Oscar Niemeyer

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Gabriella Santana posa para sessão de fotos

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O evento é aberto ao público

Bruno Aguiar/Especial para o Metrópoles

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