Quando Paolla Oliveira anunciou sua saída da Grande Rio no último Carnaval, um nome veio forte por parte da comunidade como substituta no cargo de rainha de bateria. Após quase dez anos se dedicando como musa da escola de Duque de Caxias, Mileide Mihaile viu sua grande oportunidade de ser promovida. Mas a escolhida veio de fora, e Virginia Fonseca foi entronada. Uma outsider do samba.
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Para Mileide, restou analisar o território da folia carioca e encontrar um novo refúgio. Os ritmistas da Unidos da Tijuca estavam sem rainha, depois do desligamento de Lexa, e a empresária e influenciadora firmou seu chão. Hoje, com seu reino seguro e se preparando para entrar na Sapucaí, ela garante que é para frente que se olha.
“Nunca houve uma conversa com a diretoria ou presidência sobre o posto de rainha. E minha história com a Grande Rio é marcada pela gratidão. Foram anos de muito aprendizado, crescimento e experiências lindas. Tudo o que vivi ali me preparou para carregar essa coroa hoje. Saio com o coração em paz, com as melhores lembranças e o sentimento de missão cumprida. A Grande Rio não me deve nada; seremos sempre uma família. A vida é feita de ciclos, e o meu lá se encerrou com carinho e respeito.”
Mileide também faz questão de afastar qualquer teoria de que teria ficado ressentida com a escolha de Virginia Fonseca para o posto na Grande Rio. Segundo ela, o samba é um espaço de união, e não de disputa.
“Nenhuma mágoa, apenas admiração e respeito. Cada pessoa tem seu momento e seu propósito. A Virginia é uma mulher querida, de grande alcance e carisma, e desejo a ela toda a sorte nessa jornada. Quando algo é realmente nosso, acontece naturalmente, no tempo certo, e o meu momento chegou através da Unidos da Tijuca. Hoje vivo esse sonho de forma plena, com o coração leve e feliz.”
Depois de quase dez anos na Grande Rio, Mileide Mihaile foi coroada rainha de bateria da Unidos da Tijuca
Divulgação
Mileide Mihaile assumiu o cargo de rainha de bateria na Unidos da Tijuca para o Carnaval 2026
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Mileide Mihaile vai fazer sua estreia como rainha de bateria no Rio de Janeiro em 2026
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Depois de quase dez anos na Grande Rio, Mileide Mihaile foi coroada rainha de bateria da Unidos da Tijuca
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Um sonho que chegou na hora certa
Natural do Ceará, hoje aos 36 anos, Mileide Mihaile garante que realizou o sonho da menina que assistia aos desfiles das escolas de samba do Rio pela televisão. Ela afirma que o desejo de ser rainha sempre existiu, mas que nunca o tratou como uma meta a ser conquistada a qualquer custo.
“Queria muito ser rainha, mas nunca fiz qualquer movimentação para isso. Estava feliz como musa e acreditava que, se um dia tivesse que acontecer, seria naturalmente. Nunca quis ocupar um posto interrompendo o sonho de outra mulher, e por isso viver esse momento de forma leve, genuína e sem prejudicar ninguém é um grande alívio.”
A empresária conta ainda que, desde o primeiro contato com a Unidos da Tijuca, se sentiu acolhida pela comunidade. E que, segundo ela, o carinho e a receptividade da escola confirmaram que sua nova casa no samba estava exatamente onde deveria estar.
“Recebi o convite com o coração cheio de gratidão e com a consciência da responsabilidade que esse posto representa. A Unidos da Tijuca tem uma história linda e uma comunidade que vive o samba intensamente. Desde o primeiro dia fui acolhida com muito carinho pela presidência, pelos segmentos e por toda a escola.”
