Em um mundo cada vez mais acelerado e cheio de conflitos, Monja Coen surge como um respiro de serenidade e reflexão. Reconhecida por traduzir os ensinamentos do Zen Budismo para a vida contemporânea, a missionária Soto Zen fundou a Comunidade Zen Budista Zendo Brasil e, há mais de 12 anos, compartilha seus ensinamentos em palestras, livros e vídeos no YouTube, conquistando uma legião de seguidores. Aos 78 anos, com humor, leveza e profundidade, ela inspira o público a cultivar equilíbrio, compaixão e presença no dia a dia — e assim o fez no Metrópoles Talks realizado em Brasília na última sexta-feira (31/10).
O silêncio tomou conta do auditório da Legião da Boa Vontade (LBV) quando Monja Coen iniciou sua fala com um convite simples e poderoso: “Vamos respirar juntos, sentir os pés em contato com a Mãe Terra, nossa mãe comum”, gesto que a líder espiritual chama de respiração consciente. Assim começou mais uma edição do Metrópoles Talks, marcada por momentos de introspecção, humor e sabedoria.
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Jornalista de formação, Monja Coen guiou o público por uma verdadeira jornada de autoconhecimento e equilíbrio interior, abordando temas como espiritualidade, propósito, respeito às diferenças, convivência e a importância de “educar o coração” em meio ao ritmo acelerado do mundo moderno. A palestra, intitulada Entre o caos e a calma: como cultivar o equilíbrio, mostrou que é possível enfrentar a correria da vida sem perder a leveza.
Reflexões sobre mente, coração e convivência
Com sua linguagem acessível e repleta de afeto, Monja Coen destacou que “conhecer a si é libertar-se”, lembrando que a mente é “incessante e luminosa”, citando o Dalai Lama. Ao falar sobre o estresse e o burnout, ela fez um alerta: “Nossos neurônios são pura eletricidade — e às vezes precisamos pausar para não queimar”.
Ela também falou sobre fofoca e como lidamos com a vida alheia: de forma divertida, explicou que, às vezes, comentários e mal-entendidos são inevitáveis, mas que é melhor encarar essas situações com sabedoria do que se isolar ou esperar o pior das pessoas.
Para ela, meditar é fazer uma faxina interna, um exercício de presença que ajuda a lidar melhor com as emoções e com o outro.
“Estamos aqui para facilitar a vida uns dos outros. Vivemos em um mundo caótico, mas ainda podemos escolher agir com gentileza”, afirmou.
Entre risos, a Monja brincou com a plateia: “Quem não assiste futebol, recomendo!”, arrancando gargalhadas do público ao relembrar a época em que viu Pelé jogar no Pacaembu, aos 12 anos, quando mulheres raramente frequentavam estádios.
Monja Coen
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Fé, propósito e sabedoria prática
A Monja reforçou a importância de cultivar a bondade e a compaixão: “Santidade, bondade é sanidade, é saúde”. Ela afirmou ainda que é “importante gostar de si”, e aconselhou: “Não tenha pressa, a morte é garantida.”
Falando sobre convivência e relações humanas, citou a tríade de filósofos que mais a inspiraram, os professores Mario Sergio Cortella, Leandro Karnal e Clóvis de Barros Filho, além de mestres budistas e autores que influenciaram seus livros.
“Seja bom para os outros, aceite as pessoas como elas são e não como você gostaria que fossem. Seja você o exemplo”, ensinou.
Em um dos momentos mais emocionantes da noite, ela lembrou da mãe, devota do Sagrado Coração de Jesus, e contou que foi salva por um milagre ainda bebê, uma história que arrancou suspiros e aplausos da plateia.
Em outro momento de histórias de família, contou sobre quando intercedeu espiritualmente, em oração, pelo nascimento de seu bisneto, quando a neta escolheu realizar seu parto natural na casa da Monja. A plateia ficou encantada e reagiu com risadas à forma engraçada como a Monja compartilhou o momento.
Entre o caos e a calma
Monja Coen mostrou que, mesmo em meio às incertezas da vida, é possível encontrar serenidade e presença.
O chão em que a gente cai é o mesmo que nos dá apoio para levantar
Monja Coen
Falando sobre envelhecimento, relações e vida cotidiana, defendeu que a longevidade está na convivência:
“As pessoas que vivem mais são aquelas que se dão com outras pessoas, que têm com quem conversar, ouvir, trocar. Mantenham-se vivos”.
Entre conselhos práticos, recomendou algo curioso: “Leiam um livro em voz alta, de preferência com outras pessoas. Isso fortalece a mente e o coração.”
Perguntas e respostas: sabedoria ao alcance do público
No final da palestra, Monja Coen abriu espaço para perguntas da plateia, respondendo com leveza e profundidade sobre amor, meditação, expectativas alheias, estudo, budismo e até monogamia.
Suas respostas refletiram toda a filosofia do encontro: aceitar diferenças, agir com compaixão e buscar equilíbrio em cada escolha. Sempre recebendo uma chuva de aplausos, a Monja respondeu a perguntas simples com ensinamentos tão elaborados que se confundiam com a palestra.
Monja Coen e Zélia Igino
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Momento da foto e autógrafo
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Autógrafo
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Augusto Costa/Metrópoles
Mais de uma década compartilhando ensinamentos
A líder espiritual está ativa publicamente há mais de 12 anos, conquistando seguidores não apenas nas palestras presenciais, mas também nas redes sociais e no YouTube, onde compartilha ensinamentos, meditações e reflexões sobre o Zen Budismo adaptado à vida contemporânea. Com seu jeito acessível, ela construiu uma comunidade que busca presença, serenidade e propósito no cotidiano.
Sabedoria com humor e humanidade
Durante quase duas horas, Monja Coen alternou histórias pessoais, ensinamentos filosóficos e momentos de humor espontâneo, conquistando a plateia com sua presença serena e divertida.
“Tudo tem solução. Às vezes, o impossível só demora um pouco mais”, afirmou, arrancando aplausos calorosos.
E concluiu com uma reflexão que ecoou no auditório:
O sofrimento é opcional. Podemos escolher a gratidão e a fé.
Monja Coen
Metrópoles Talks
O Metrópoles Talks é o braço de palestras do portal de notícias mais acessado do Brasil, reunindo grandes nomes que inspiram e provocam reflexões sobre temas essenciais do nosso tempo.
Assista o vídeo com os momentos mais especiais do evento:
Confira os registros fotográficos de Pedro Iff e Augusto Costa:
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