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    Moraes determina início do cumprimento da pena de Bolsonaro na PF

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    O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou o início do cumprimento da pena de 27 anos e 3 meses de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele vai iniciar o cumprimento da pena na própria Superintendência da Polícia Federal, onde encontra-se preso desde o último sábado (22/11).

    Nesta terça-feira (25/11), Moraes determinou o trânsito em julgado dos processos de Bolsonaro e dos outros réus do núcleo 1 da trama golpista.

    Com isso, abriu-se caminho para o ex-presidente cumprir a pena definitivamente. Ele foi considerado o líder da organização criminosa que visava mantê-lo no poder depois das eleições de 2026 e condenado ao cumprimento da pena em regime fechado.

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    O ex-titular do Planalto foi condenado pelos seguintes crimes:

    • organização criminosa armada;
    • tentativa de abolição do Estado Democrático;
    • golpe de Estado;
    • dano qualificado pela violência;
    • e grave ameaça contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

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    Bolsonaro segue detido preventivamente

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    Após visita, Bolsonaro é flagrado na sala de custódia da PF

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    Tornozeleira utilizada por Bolsonaro com sinais evidentes de violação

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    Esquerda comemora prisão de Bolsonaro

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    Atualmente, Bolsonaro está em prisão preventiva na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília, mas pelo processo que julga coação contra a Justiça.

    A expectativa é que a defesa do ex-presidente entre com pedido de prisão domiciliar pelo estado de saúde de Bolsonaro, que atualmente tem 70 anos. O último pedido da defesa, de prisão domiciliar humanitária, foi negado pela Suprema Corte.

    Prisão domiciliar e preventiva

    Jair Bolsonaro cumpria medidas cautelares desde julho, quando passou a usar tornozeleira eletrônica, por outro processo judicial, que julga coação contra a Justiça e envolve seu filho Eduardo Bolsonaro (PL).

    No dia 4 de agosto, o STF considerou que o ex-mandatário violou medidas cautelares, e foi decretada a prisão domiciliar do ex-presidente.

    Ele ficou preso em casa até o dia 22 de novembro, quando Moraes considerou que havia risco de fuga e decretou a prisão preventiva, a pedido da PF – Bolsonaro violou a tornozeleira eletrônica e alegou que usou um ferro de solda no equipamento por “curiosidade”. Depois, o ex-presidente afirmou que teve “alucinações” que o dispositivo possuia uma escuta.

    A decisão de Moraes para decretar prisão preventiva também cita uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que seria realizada em frente ao condomínio de onde Jair mora. Segundo a PF, a aglomeração poderia criar condições favoráveis para uma tentativa de fuga.